Todos nós já demos um peido na vida. Eu, pelo menos, quando abuso da lactose, sou ruidosa e hiper mal-cheirosa. Mas por questões sociais e a pensar nos outros controlo esses deslizes olfactivos e remeto-me a expandir essa necessidade em privado. É claro que quando algo se solta sem aviso prévio não há nada a fazer se não lamentar. E eu aviso, digo, "desculpem fui eu". Não sou daquelas que finge surpresa, estupefacção. O meu irmão, quando estava a estagiar com professor, enquanto passeava pela sala de aula, falando da matéria. Pedou-se ruidosa e malcheirosamente. O instinto de sobrevivência e a vergonha, fê-lo reagir de forma instintiva. Vira-se para um aluno e diz-lhe: "seu porco, como te atreves? E na sala de aula". O miúdo confuso, até ficou acreditar que tinha sido ele. O meu irmão às vezes é muito convicente.
Recentemente passou-se algo de muito vonstrangedor no ginásio. Pós uma aula de pilates, fui fazer uns alongamentos e abdominais. Estava lá um rapaz nessa área reservada para esse tipo de exercício. NO preciso momento que me deito para começar exercícios, sinto um pack de silenciosos peidos. Quase como uma brisa que me arrepiaram pelo crescente cheiro. O odor foi piorando, pois o rapazito, decide não dar-se por culpado e continua os abdominais, mas desta feita oblíquos, o que obriga uma maior pressão sobre o abdomen. Entro em pânico. NÂO. PARA POR FAVOR. Vais-te peidar mais. E ele sempre, um, dois, três... eu tonta com o cheiro. Não é que de repente me apercebo que as alunas séniores da manhã que estavam a fazer um circuito de musculação me olham de esguelha, como dizendo "ó menina, francamente!" E eu com olhinhos de inocente, "não fui eu, é ele". Porque é que a culpa é sempre das gajas? A minha memória e experiência mostra-me constamente que "eles é que fazem sempre a merda", em qualquer contexto refira-se. Que fiz eu perante os olhares acusatórios? Zarpei dali a alta velocidade e pensei, ora vejam lá se o cheirinho vai diminuir. Espero que tenha diminuído. E que a minha ausência não tenha reduzido o rasto olfactivo da performance do "gajo peidarolas".
18/12/07
17/12/07
Estórias da "moncolândia"
Tenho colegas que são tão, mas tão metediças que quase me arrancam as lentes. Imaginem o seguinte cenário. Cliente esquece-se de levar cartão. Comento com colega e ela aflita e na ânsia de me ser prestável, não se limita a realizar a marcar o número, leva também o auscultador com tal rapidez que não atinge o meu ouvido, mas sim o meu olho arrancado-me a lente. Reacção, crise de riso histérico, meu e da colega um insistente pedido de desculpa, tipo ladainha. Pós agresssão e depois de falar com cliente. Comento que "chatice, cliente esqueceu-se". E a colega fantástica, a agressora, alerta-me que eu é me esqueci de devolver à cliente. Estupendo. Obrigada pela correcção colega.
Outra situação hilariante. Facturo um cliente, utilizando multibanco, aguardadno comprovativo de pagamento para mim e cliente. A partnaire, forma uma espécie de escudo junto ao multibanco, aguardando desesperadamente pelo talão. Nem me aproximo, com receio de a desconcentrar ou frustrar na ânsia de me ser útil. Eu faço o atendimento, mas a criatura, quer cortar talão e ser ela a dar ao cliente. Se tivesse máquina fotográfica, perpetuava o momento para o album diário da jovem... que pena. E são as estas situações que me permitem descobrir sem mais nem menos que tenho vassalos. Pena é que quando quero ir à casa de banho tenho quase que suplicar que me substituam... Afinal eles não são para todas as ocasiões.
Mas a mais doida situação que tive, foi ao dar um troco. O pagamento foi feito com uma moeda de 10 euros, o que deveria ser cobrado, 3,24 euros. começo eu a colocar as moedas no balcão e a colega, são 6,74 de troco. Mas se o dissesse uma vez, ok, agradeço. Agora tipo alarme. Desconcentrie-me, atrofiei, deixei de saber contar. Vinte segundo ddepois, digo-lhe, cala-te por favor...e volta ela a dizer, mas se a senhora, der 24 centimos, tu dás-lhes 7 euros. Quase q explodo. Retomo contagem...processo demora cinco minutos. O mais longo troco sem dúvida e mais uma vez ignoro. Mas temo brevemente tornar-me "panela de pressão" e enlouquecer, colocar as mãos nas ancas e virar "peixeirona" e lançando perdigotos dizer o que acho, penso, na minha opinião. Contudo, como tenho vários encargos mensais, não me posso dar ao luxo da concretização de tais ímpetos. Na pior das hipóteses tomo um valdis...se bom senso não aparecer e vou registando nestas páginas as minhas loucas aventuras
Outra situação hilariante. Facturo um cliente, utilizando multibanco, aguardadno comprovativo de pagamento para mim e cliente. A partnaire, forma uma espécie de escudo junto ao multibanco, aguardando desesperadamente pelo talão. Nem me aproximo, com receio de a desconcentrar ou frustrar na ânsia de me ser útil. Eu faço o atendimento, mas a criatura, quer cortar talão e ser ela a dar ao cliente. Se tivesse máquina fotográfica, perpetuava o momento para o album diário da jovem... que pena. E são as estas situações que me permitem descobrir sem mais nem menos que tenho vassalos. Pena é que quando quero ir à casa de banho tenho quase que suplicar que me substituam... Afinal eles não são para todas as ocasiões.
Mas a mais doida situação que tive, foi ao dar um troco. O pagamento foi feito com uma moeda de 10 euros, o que deveria ser cobrado, 3,24 euros. começo eu a colocar as moedas no balcão e a colega, são 6,74 de troco. Mas se o dissesse uma vez, ok, agradeço. Agora tipo alarme. Desconcentrie-me, atrofiei, deixei de saber contar. Vinte segundo ddepois, digo-lhe, cala-te por favor...e volta ela a dizer, mas se a senhora, der 24 centimos, tu dás-lhes 7 euros. Quase q explodo. Retomo contagem...processo demora cinco minutos. O mais longo troco sem dúvida e mais uma vez ignoro. Mas temo brevemente tornar-me "panela de pressão" e enlouquecer, colocar as mãos nas ancas e virar "peixeirona" e lançando perdigotos dizer o que acho, penso, na minha opinião. Contudo, como tenho vários encargos mensais, não me posso dar ao luxo da concretização de tais ímpetos. Na pior das hipóteses tomo um valdis...se bom senso não aparecer e vou registando nestas páginas as minhas loucas aventuras
As cores voltaram aos meus dias
As gargalhadas na minha vida têm um lugar cativo nos meus lábios. Os disparates pupulam no meu cérebro e inevitavelmente a loucura em analisar o dia-a-dia saí inevitavelmente transforma-se em estórias que aos meus olhos têm sempre algo de divertido. E trabalhar aqui, no lugar que não cito, é por excelência tema favorito para incrivési aventuras. Sou comedida, aliás julgo que nunca contei nada muito em especifico por receio que colegas acedessem a este blog e de alguma forma se sentissem mal por serem mencionados. Mas cansei de excesso de bom comportamento. E quero anunciar que trabalho rodeada de cromos. As poucas almas com quem trabalho e que reflectem alguma lucidez são em minoria, mas são pessoas que me fazem manter o sorriso sempre à espreita e ter a certeza de que fiz a escolha certa quando mudei literalmente de área. É óbvio que tenho saudades das minhas colegas, pois ao fim de 8 anos, as afinidades de trabalho tomam uma maior dimensão, mais na onda da amizade.
Dei um adeusinho aos dias tristes, não confundir com depressão. Há criaturas que confundem as terminologias... Drepessão é um estado excessivo de tristeza que não tem uma razão única, mas várias e que nos afectam nas actividades quotidianas do dia-a-dia, como dormir, relacionar-se com os outros, trabalhar.. Tristeza é aquela reacção normal que dá às pessoas quando um acontecimento nos causa dor ou sofrimento...Tive alguns nas 3 últimas semanas... Passado, passsado :)
Já no final da outra semana acabei de abraçar a alegria, sussurei-lhe umas ameaças para não se afastar de mim, o que a deixou assim para o assustada. Julgo que até ao final do ano, deve andar por estas bandas. E se não estiver, vou à procura dela, sim, sim...
Dei um adeusinho aos dias tristes, não confundir com depressão. Há criaturas que confundem as terminologias... Drepessão é um estado excessivo de tristeza que não tem uma razão única, mas várias e que nos afectam nas actividades quotidianas do dia-a-dia, como dormir, relacionar-se com os outros, trabalhar.. Tristeza é aquela reacção normal que dá às pessoas quando um acontecimento nos causa dor ou sofrimento...Tive alguns nas 3 últimas semanas... Passado, passsado :)
Já no final da outra semana acabei de abraçar a alegria, sussurei-lhe umas ameaças para não se afastar de mim, o que a deixou assim para o assustada. Julgo que até ao final do ano, deve andar por estas bandas. E se não estiver, vou à procura dela, sim, sim...
11/12/07
Dias cinzentos
Sabem aqueles períodos do ano em que tudo parece correr mal e só nos apetece desligar o botão. Tive uma semana de loucos em que só me apetecia chorar e confesso que em privada desbundei à brava desta louca necessidade. Lacrimejava a ouvir rádio, a ver TV, a adormecer, a fazer meiguices às gatas e quase sufocava de tanta tristeza acumulada. Depois de umas valentes olheiras e de ter recuperado finalmente o sono, sinto-me bem melhor, mas por algum tempo ainda deverei estar triste. Tanta coisa que não posso controlar ou mudar na vida. Questões familiares, amorosas, de trabalho... No trabalho tem sido um filme...ter de resolver pendentes de facturação, emissão de notas de crédito, enfim...trabalhar com dinheiro não é nada simples e quando o sistema informático falha a toda a hora e temos de ser nós a dar a cara pela instituição que trabalhamos, é dureza... O medo de falhar é enorme e crescente e é um facto que me perturba e fragiliza. Estou numa área oposta a que me habituei desde sempre a atrabalhar e dou por mim a sentir-me um peixinho fora d'água na maioria do tempo. Só o tempo irá curar estas inseguranças, assim o espero.
Às vezes falta-me também a capacidade de minorar a importância das coisas. Mas se elas ocupam tanto dentro de nós, ao negar-lhes espaço, estamos inevitalmente a ignorar um pouco de nós. Tenho de aceitar que cometo erros na vida, faço más opções e que as pessoas nem sempre são o que esperamos delas, nem
Descobri esta semana que sou bem mais "forte" do julgava. Tenho uma capacidade imensa à dor/ sofrimento, embora a manifeste sem pudores, chorando, o que se reflecte no meu olhar e sorriso que se dissipou nos últimos tempos. Sempre que caío, levanto-me e acabo fatalmente por acreditar que um dia as coisas vão ser diferentes. Sim, um dia...mas não hoje, esta semana e provavelmente não será este mês.
Às vezes falta-me também a capacidade de minorar a importância das coisas. Mas se elas ocupam tanto dentro de nós, ao negar-lhes espaço, estamos inevitalmente a ignorar um pouco de nós. Tenho de aceitar que cometo erros na vida, faço más opções e que as pessoas nem sempre são o que esperamos delas, nem
Descobri esta semana que sou bem mais "forte" do julgava. Tenho uma capacidade imensa à dor/ sofrimento, embora a manifeste sem pudores, chorando, o que se reflecte no meu olhar e sorriso que se dissipou nos últimos tempos. Sempre que caío, levanto-me e acabo fatalmente por acreditar que um dia as coisas vão ser diferentes. Sim, um dia...mas não hoje, esta semana e provavelmente não será este mês.
03/12/07
Cadé o sapo?
Preciso encontrar sapo viscoso que se transforme, logo, logo em príncipe desencantado. Pós beijo de metamorfose absoluta, não quero que possue inseguranças, nem problemas de identidade (engatatão de meia tijela ou aspirante a coleccionador de garinas) pois (quase) todos têm costela de... predadores de fêmeas etc, etc... A criatura já versão homem deve tentar dizer a verdade na maioria das vezes e nada de se armar em difícil, não ter por hábito revelar crises de humor nem descarregar frustações da infância no especimen feminino que por acaso é sua fantástica princesa/namorada/ qualquer coisinha assim do género.
Pois é, não percebo os homens e acho que mesmo com livro de instruções corro sérios riscos de atrofiar autor do precioso manual com as minhas muitas críticas e apresentações de casos recentes. Falo com as minhas amigas, mesmo as que têm namorado há duas gerações quase ou marido e lá vem rol de queixumes...Em conversa com outras, as solteiras em busca de macho regular e confesso que o panorama descrito e partilhado não é muito optimista e estimulante. A minha própria experiência também experimenta/ ou sérias dúvidas em como agir com tais criaturas. Se estamos à mão, é porque somos muito disponiveis, se somnos complicadas, ou seja, demonstramos afecto/ irritação/dor, sofrimento, pisgam-se e desaparecem pela eternidade ou então não têm a reacção esperada. Em pleno século XXI há que calçar botas de cavaleira e ir à caça, munidas de ferramentas e muitas artimanhas com risco seríssimo de apanhar a presa e devolvê-la à madre natureza por defeito irreparável. Há aqueles que são as moscas mortas. Convidam-nos para sair, aceitam sair, aleluia, mas depois não passa do "rame, rame" e não acontece nada. Potenciais amigos pontuais para sempre. Bah....Se telefonamos meses depois vem aquela frase "olha estava mesmo para te ligar a sério". Esta nossa intuição é uma loucura. Censor feminino, uma esperteza. Cá de fora, as amigas vão dando força. Eu arrisco a dizer, caga para ele, ou então violenta-o, ele que vá fazer quexinha à mãezinha, ou que consulte um psic, tanto por aí a precisar de clientes. Mas quando passa a experiência a ser minha, o caso muda de figura, perde-se a racionalidade e tudo parece fatalmente confuso e incoerente e o masoquismo vem ao de cima, esponencialmente.
Outra situação. Ninguém merece indiferença e muito menos que nos digam que assustamos. Não, acalmem-se leitores assíduos deste blog. Não tenho bigode, nem pêlos tamanho especimen primata, nem ostentassivas (será que existe o adjectivo?) verrugas. o que se passa é o seguinte: sou um pedaço de mulher, tentação, um naco, passo a citar. Espectacular, amiga, compreensiva, carinhosa, simpática, sincera, espontânea, excelente companhia atraente...mas...o gajo não tem...capacidade de corresponder às expectaticas aqui da fêmea. Só pode. Prefere andar pelo hi5 semeando comentários às ninfas que espõem biquinis azuis e dentuças em noites de farra, roupa fantásticas em festas do algarve com as suas duzentas e cinquenta amigas. Lá é fácil dizer gostosa, boa, depois pessoalmente minha linda digo-te o que acho de ti. Como é que se pode estar apaixonado por alguém assim? Por um gajo que junto a gaja "fabulástica", treme, não articula palavra se não for resposta a pergunta directa e incisiva. Evita olhar nos olhos porque tem receio de rebolar com fêmea. Devem pensar ele é gay, ó rapariga. Também coloquei a hipótese, mas a "jovem vitima" garante que não, já copulou com o dito e garante boa performance. Que dizer à jovem? Fuja dele. Pior espécimen - o eterno indeciso, vai acabar com uma chavala choca, horrosa, super fashion e depois depois vai massacrá-la a si - eterna estúpida e tonta - nos natais dizendo que é a mulher da vida dele que deveria ter arriscado. Como uma diz uma amiga minha "lamentamos muito". Querida - digo eu - apague o telemóvel dele, se puder faça lobotimia psicológica... e se não der resultado, olhe-se ao espelho com os olhinhos inchados de tanto chorar e pense que o fulano não lhe custear os cremes anti-bolsas, nem o lifting daqui a pouco tempo, pois choraminguisse estraga a pele e a alma.
E no meio disto tudo, que fazer ? Lembro-me de montes de músicas e excertos de letras ds U2 que traduzo, "tu ages como se nunca tivesses tido amor e queres que eu viva sem ele", "Tu prometeste-me um anel de ouro e que as nossas promessas permanecessem inalteradas, do berço até à sepultura a única coisa que quero é a ti". Coisa estranha, estas traduções. Mas a música dos No Republic/ Timabland, Apologize é triste qb para descrever a minha frustação. Ofereço uma coração, quero ser uma gaja fria we calculista de afectos. Gostar de alguém doi sempre, de que serve...? Emagrecesse, não se dorme, daqui a pouco monto clube de escanzeladas...a sério!!!! Tendo por inspiração os The gilft atrevo-me a dizer: é facil entender, eu gosto de ti, tu gostas de mim, qual é a dúvida, qual o medo? Ninguém é imortal, nem mesmo os afectos, porque não arriscar e ser feliz? Sapo se me tiveres a ler, procura-me, surpreende-me....tá..? Faz amor comigo, juntamos os nossos afectos e desafectos e seremos felizes até quando quisermos, topas?
Pois é, não percebo os homens e acho que mesmo com livro de instruções corro sérios riscos de atrofiar autor do precioso manual com as minhas muitas críticas e apresentações de casos recentes. Falo com as minhas amigas, mesmo as que têm namorado há duas gerações quase ou marido e lá vem rol de queixumes...Em conversa com outras, as solteiras em busca de macho regular e confesso que o panorama descrito e partilhado não é muito optimista e estimulante. A minha própria experiência também experimenta/ ou sérias dúvidas em como agir com tais criaturas. Se estamos à mão, é porque somos muito disponiveis, se somnos complicadas, ou seja, demonstramos afecto/ irritação/dor, sofrimento, pisgam-se e desaparecem pela eternidade ou então não têm a reacção esperada. Em pleno século XXI há que calçar botas de cavaleira e ir à caça, munidas de ferramentas e muitas artimanhas com risco seríssimo de apanhar a presa e devolvê-la à madre natureza por defeito irreparável. Há aqueles que são as moscas mortas. Convidam-nos para sair, aceitam sair, aleluia, mas depois não passa do "rame, rame" e não acontece nada. Potenciais amigos pontuais para sempre. Bah....Se telefonamos meses depois vem aquela frase "olha estava mesmo para te ligar a sério". Esta nossa intuição é uma loucura. Censor feminino, uma esperteza. Cá de fora, as amigas vão dando força. Eu arrisco a dizer, caga para ele, ou então violenta-o, ele que vá fazer quexinha à mãezinha, ou que consulte um psic, tanto por aí a precisar de clientes. Mas quando passa a experiência a ser minha, o caso muda de figura, perde-se a racionalidade e tudo parece fatalmente confuso e incoerente e o masoquismo vem ao de cima, esponencialmente.
Outra situação. Ninguém merece indiferença e muito menos que nos digam que assustamos. Não, acalmem-se leitores assíduos deste blog. Não tenho bigode, nem pêlos tamanho especimen primata, nem ostentassivas (será que existe o adjectivo?) verrugas. o que se passa é o seguinte: sou um pedaço de mulher, tentação, um naco, passo a citar. Espectacular, amiga, compreensiva, carinhosa, simpática, sincera, espontânea, excelente companhia atraente...mas...o gajo não tem...capacidade de corresponder às expectaticas aqui da fêmea. Só pode. Prefere andar pelo hi5 semeando comentários às ninfas que espõem biquinis azuis e dentuças em noites de farra, roupa fantásticas em festas do algarve com as suas duzentas e cinquenta amigas. Lá é fácil dizer gostosa, boa, depois pessoalmente minha linda digo-te o que acho de ti. Como é que se pode estar apaixonado por alguém assim? Por um gajo que junto a gaja "fabulástica", treme, não articula palavra se não for resposta a pergunta directa e incisiva. Evita olhar nos olhos porque tem receio de rebolar com fêmea. Devem pensar ele é gay, ó rapariga. Também coloquei a hipótese, mas a "jovem vitima" garante que não, já copulou com o dito e garante boa performance. Que dizer à jovem? Fuja dele. Pior espécimen - o eterno indeciso, vai acabar com uma chavala choca, horrosa, super fashion e depois depois vai massacrá-la a si - eterna estúpida e tonta - nos natais dizendo que é a mulher da vida dele que deveria ter arriscado. Como uma diz uma amiga minha "lamentamos muito". Querida - digo eu - apague o telemóvel dele, se puder faça lobotimia psicológica... e se não der resultado, olhe-se ao espelho com os olhinhos inchados de tanto chorar e pense que o fulano não lhe custear os cremes anti-bolsas, nem o lifting daqui a pouco tempo, pois choraminguisse estraga a pele e a alma.
E no meio disto tudo, que fazer ? Lembro-me de montes de músicas e excertos de letras ds U2 que traduzo, "tu ages como se nunca tivesses tido amor e queres que eu viva sem ele", "Tu prometeste-me um anel de ouro e que as nossas promessas permanecessem inalteradas, do berço até à sepultura a única coisa que quero é a ti". Coisa estranha, estas traduções. Mas a música dos No Republic/ Timabland, Apologize é triste qb para descrever a minha frustação. Ofereço uma coração, quero ser uma gaja fria we calculista de afectos. Gostar de alguém doi sempre, de que serve...? Emagrecesse, não se dorme, daqui a pouco monto clube de escanzeladas...a sério!!!! Tendo por inspiração os The gilft atrevo-me a dizer: é facil entender, eu gosto de ti, tu gostas de mim, qual é a dúvida, qual o medo? Ninguém é imortal, nem mesmo os afectos, porque não arriscar e ser feliz? Sapo se me tiveres a ler, procura-me, surpreende-me....tá..? Faz amor comigo, juntamos os nossos afectos e desafectos e seremos felizes até quando quisermos, topas?
09/09/07
33 razões para me amarem ou odiarem
A lista é ordenada de forma aleatória
Sobre mim que dizer?
1. Peido-me às vezes. E o problema é que aviso. Sinceridade acima de tudo
2. Falo com a boca cheia, é um mau hábito que encontrei para não perder uma oportunidade de meter o bedelho
3. Falo imenso, às vezes em demasia. Arranjo assunto em tudo e em nada. Se o tema for formigas, lixeiras ou a crise do médio oriente, é indiferente. Tenho sempre opinião e estou sempre pronta para longas argumentações ou meras tontices sobre o assunto
4. Adoro rir e fazer rir os outros
5. Tudo o que me aconteça é sempre alvo de uma estória divertida e muito pormenorizada. A minha vida dava uma sitcom
6. Dou opinião, mesmo que não ma pensam, o que às vezes leva a dissabores.
7. Choro quase tanto como rio, o que me valeu a fama de carpideira. Tenho uma amiga que inclusive me sugeriu utilizar este dom para ter um part-time. Ainda estou a equacionar a hipótese.
8. Adoro saber da vida dos outros. Sei que é feio, mas não posso ter só qualidades.
9. Ainda penso demasiado nos sentimentos dos outros, de não magoar, mas depois quem se lixa sou eu, pois esqueço-me de mim. Tudo isto me leva a não dizer as coisas como eu queria. Mas estou melhor, já consigo dizer não.
10. Sou insegura e não há nada a fazer. Mas tento ver isto como uma qualidade. Com tanto potencialidade seria uma insuportável convencida
11. Sou doida e impulsiva. Sim, eu corro riscos, mas acho que deveria fazer isso muito mais. Daqui a pouco tenho asas.
12. Tenho uma gargalhada estridente que parece mais um aviso do que uma gargalhada
13. Adoro gatos, livros e cinema
14. Gosto de estar rodeada de amigos e do conviver. Adoro jantares em ambiente familiar, sinto-me mesmo em casa
15. Acho o cheiro de terra molhada simplesmente afrodisíaco, assim como o de canela
16. Já beijei um desconhecido. O gajo estava a irritar-me a pedinchar um beijo e a dizer que era muito gira. Para o calar, dei-lhe um beijo. PS – Ele até era bonito, mas muito chato…e estava muito bêbado. E isto aconteceu há alguns anos, no período em que os meus neurónios eram pouquitos e em que fazia montes de maluquices
17. Desporto, gosto, gosto. Agrada-me a sensação de liberdade, aquele cansaço saboroso do fim de um treino. E o resultado no meu corpo, melhor ainda
18. Sou viciada em maças. Como todos os dias pelo menos uma. Mas há alturas em que são às 3 e 4. Também devoro iogurtes.
19. Escrevo poesia desde criança, mas isso sempre me fez sentir um bicho raro. Tenho a minha “obra” espalhada em papéis, folhas rasuradas. Há tempos encontrei várias folahs amachucadas com frases soltas num saco
20. Sou desarrumada. Gosto de ter algum caos pela casa. Trauma materno. A minha mãe não suportava ver revistas e jornais apilhados e eu agora rebelo-me na minha casa. Embora já consiga ver-me livre de alguma coisa
21. Tiro macacos do nariz e gosto de fazê-lo, o problema é que regra geral sou apanhada. Pois é, eu sou daquelas exibicionistas que gosta da adrenalina, do risco de passar vergonha.
22. Queria um dia escrever um romance.
23. Não resisto a um bolo de arroz ou a um cubo de chocolate
24. Ninguém faz melhor rabanadas do que eu.
25. Sou muito permissiva e paciente, o que faz com que os outros me usem algumas vezes como tapete. Sou incapaz de usar as minhas frustrações para magoar os outros, pena que não façam o mesmo.
26. Cozinho bem, nunca ninguém se queixou. Quase contrário dava direito a birra e choradeira. As opinião foram e serão sempre positivas
27. Preciso de me sentir útil e amada. Todos nós, não é?
28. Detesto pessoas aspirantes a intelectuais ou artistas. Morro de tédio e confesso que me irritam
29. Vermelho e laranja são para mim as melhores cores para o vestuário. São intensamente vibrantes e ficam-me sempre
30. Sou insatisfeita e queixo-me muito da vida e das dificuldades, mas trabalho muito para que as coisas mudem. Mas nunca poderei tr tudo, caso contrário amuo e morro de tédio
31. Melhor música para me definir: Garbage – I’m only happy when it rains. Gosto de desafios
32. Quero um dia ter um filho e saber o que é essa coisa da reciprocidade no amor.Ando sempre desencontrada
33. Quero manter esta doce impressão que todos os dias posso mudar as coisas e ser melhor todos os dias. Descobri que preciso muito pouco para um sorriso e muito menos para uma lágrima, mas no somatório de tudo, o resultado é fracamente positivo e hoje sou uma mulher.... muito convencida :) e muito amada ;)
Sobre mim que dizer?
1. Peido-me às vezes. E o problema é que aviso. Sinceridade acima de tudo
2. Falo com a boca cheia, é um mau hábito que encontrei para não perder uma oportunidade de meter o bedelho
3. Falo imenso, às vezes em demasia. Arranjo assunto em tudo e em nada. Se o tema for formigas, lixeiras ou a crise do médio oriente, é indiferente. Tenho sempre opinião e estou sempre pronta para longas argumentações ou meras tontices sobre o assunto
4. Adoro rir e fazer rir os outros
5. Tudo o que me aconteça é sempre alvo de uma estória divertida e muito pormenorizada. A minha vida dava uma sitcom
6. Dou opinião, mesmo que não ma pensam, o que às vezes leva a dissabores.
7. Choro quase tanto como rio, o que me valeu a fama de carpideira. Tenho uma amiga que inclusive me sugeriu utilizar este dom para ter um part-time. Ainda estou a equacionar a hipótese.
8. Adoro saber da vida dos outros. Sei que é feio, mas não posso ter só qualidades.
9. Ainda penso demasiado nos sentimentos dos outros, de não magoar, mas depois quem se lixa sou eu, pois esqueço-me de mim. Tudo isto me leva a não dizer as coisas como eu queria. Mas estou melhor, já consigo dizer não.
10. Sou insegura e não há nada a fazer. Mas tento ver isto como uma qualidade. Com tanto potencialidade seria uma insuportável convencida
11. Sou doida e impulsiva. Sim, eu corro riscos, mas acho que deveria fazer isso muito mais. Daqui a pouco tenho asas.
12. Tenho uma gargalhada estridente que parece mais um aviso do que uma gargalhada
13. Adoro gatos, livros e cinema
14. Gosto de estar rodeada de amigos e do conviver. Adoro jantares em ambiente familiar, sinto-me mesmo em casa
15. Acho o cheiro de terra molhada simplesmente afrodisíaco, assim como o de canela
16. Já beijei um desconhecido. O gajo estava a irritar-me a pedinchar um beijo e a dizer que era muito gira. Para o calar, dei-lhe um beijo. PS – Ele até era bonito, mas muito chato…e estava muito bêbado. E isto aconteceu há alguns anos, no período em que os meus neurónios eram pouquitos e em que fazia montes de maluquices
17. Desporto, gosto, gosto. Agrada-me a sensação de liberdade, aquele cansaço saboroso do fim de um treino. E o resultado no meu corpo, melhor ainda
18. Sou viciada em maças. Como todos os dias pelo menos uma. Mas há alturas em que são às 3 e 4. Também devoro iogurtes.
19. Escrevo poesia desde criança, mas isso sempre me fez sentir um bicho raro. Tenho a minha “obra” espalhada em papéis, folhas rasuradas. Há tempos encontrei várias folahs amachucadas com frases soltas num saco
20. Sou desarrumada. Gosto de ter algum caos pela casa. Trauma materno. A minha mãe não suportava ver revistas e jornais apilhados e eu agora rebelo-me na minha casa. Embora já consiga ver-me livre de alguma coisa
21. Tiro macacos do nariz e gosto de fazê-lo, o problema é que regra geral sou apanhada. Pois é, eu sou daquelas exibicionistas que gosta da adrenalina, do risco de passar vergonha.
22. Queria um dia escrever um romance.
23. Não resisto a um bolo de arroz ou a um cubo de chocolate
24. Ninguém faz melhor rabanadas do que eu.
25. Sou muito permissiva e paciente, o que faz com que os outros me usem algumas vezes como tapete. Sou incapaz de usar as minhas frustrações para magoar os outros, pena que não façam o mesmo.
26. Cozinho bem, nunca ninguém se queixou. Quase contrário dava direito a birra e choradeira. As opinião foram e serão sempre positivas
27. Preciso de me sentir útil e amada. Todos nós, não é?
28. Detesto pessoas aspirantes a intelectuais ou artistas. Morro de tédio e confesso que me irritam
29. Vermelho e laranja são para mim as melhores cores para o vestuário. São intensamente vibrantes e ficam-me sempre
30. Sou insatisfeita e queixo-me muito da vida e das dificuldades, mas trabalho muito para que as coisas mudem. Mas nunca poderei tr tudo, caso contrário amuo e morro de tédio
31. Melhor música para me definir: Garbage – I’m only happy when it rains. Gosto de desafios
32. Quero um dia ter um filho e saber o que é essa coisa da reciprocidade no amor.Ando sempre desencontrada
33. Quero manter esta doce impressão que todos os dias posso mudar as coisas e ser melhor todos os dias. Descobri que preciso muito pouco para um sorriso e muito menos para uma lágrima, mas no somatório de tudo, o resultado é fracamente positivo e hoje sou uma mulher.... muito convencida :) e muito amada ;)
02/09/07
Descobri a música
ANDAVA EU A CANTAROLAR UMA MÚSICA e... finalmente descobri de quem é. Chama-se "Good Luck/ Boa sorte" da Vanessa Mata que tem também a contribuição do Ben Harper.
"Tudo o que você me dá, é pesado, é demais, não há paz, tudo o que quer de mim, irreais expectativas..." (refrão). Mas ainda há mais "é só isso, não tenho mais a dizer, são só palavras e o que sinto não mudará, boa sorte". E interpretando as palavras da Vanessa construo as minhas, "Bye-bye senhor indeciso".
O CD intitula-se SIM e já o tenho, foi uma prendinha. Gosto da expressão afirmativa para dar mote a um album composto por um conjunto de músicas que abordam os afectos e desafectos humanos. A voz dela é simplesmente uma doçura e as letras muito singelas.
30/08/07
Faço anos daqui a uma hora
Ai, ai, ai....Isto só eu versão queixume e medo. Não é que cheguei aos 33, assim com aspecto deveras comestível?! Perguntaram-me hoje via msm se os meus 33 seriam festejados com 33 gatos, beijos, homens... Certo é que aguardo várias mensagens, atrevo-me a dizer dezenas (depois digo quantas foram), e alguns telefonemas. Que dizer sobre mim? Vou tentar fazer uma lista de 33 coisas boas e más que me caracterizam. Uma delas é a boa disposição. Sim, porque apesar de ser achacada à neura, tenho uma capacidade incrível de me rir de mim, dos outros e fazer com que todos se riam. Uma conquista nesta década, a dos meus 30, foi a presunção. Outrora era só no aspecto, agora é mesmo cá no meu interior. Eu gosto mesmo de mim, com tudo cá dentro e fora. Há coisas que, às vezes, se tivesse mãos de gigante armado em fada, retocaria, pois queria que se alterassem, porém não dependem de mim. Tenho de aceitar as circunstâncias e pensar que apesar de um dia ter escrito num poema em que dizia" um dia quando for grande quero ser uma árvore com frutos". Mas posso simplesmente ser uma árvore com flores?! Ou daquelas que andam sempre com pássaros (e ninhos) que cagam tudo e mais alguma onde ninguém em volta consegue dormir com o barulho estridente. Neste último cenário, para os humanos, pode ser uma visão bonita e aprazível, mas imaginem para a árvore?! Complicado... Talvez uma questão de hábito. Se calhar vou ser uma árvore dessas, portanto como dizem os brasileiros "mi aguardem" ;)
Simplesmente a evitar
Hoje tive uma aula espectacularmente dramática de ginástica. Com peso na consciência e supostamente noutras partes do corpo que desde segunda-feira não eram exercitadas - calma, estou a falar das minhas pernas, coxas, destes músculos incríveis que compõem este corpo que já tem largamente mais do que um quarto de século - fui ao ginásio. Pensei ir a uma aula de local. E fui, sendo surpreendida por um novo professor. Até aí tudo bem, convém variar. Eu não queria ser cruel e dizer que pelo aspecto da criatura temi o pior e imaginei-ne num “remake” daquele videoclip em que estão montes de garinas a fazer uma aula de local e parecem mais que se estão a mast… incluindo professor. Que música? Aquela tipo disco com o refrão “Call on me”, coisa assim do género.. A criatura era a reencarnação do popeye. Também me pareço um deja vu de um filme do Fassbinder, mas adiante. A t-shirt não era de barras como a do popeye, não havia boné, mas existia muita vontade do recurso à indumentária. A opção foi t-shirt cavada, branca. Um espectáculo… O elástico vermelho da cueca era visível e propositado. Outro apontamento fenomenal e estonteante a "voltinha de prata", bem comprida com uma cruz. Fez bem, ainda poderia ir uma vampira à aula, é melhor não arriscar… Agora o que me chocou mesmo foi o rosto: Stallone, versão "carapinha" quase comprida. Cabelo oleoso, ou seria gel ou quiçá suor? Uma incógnita...
Difícil de visualizar?! Ainda bem para vocês, trágico para mim. Julgo que não será suficiente o fim-de-semana para provocar uma amnésia. Mas não foi o aspecto azeite que me criou repugnância e trauma de evitar a todo o custo a aula deste senhor, de seu nome Santos, pelo menos foi o que percebi….
O que foi terrível foi a brutalidade da aula. Explicava à "speedy Gonzales" os movimentos e depois berrava com grunhidos, voltando a repetir o exercício com gestinhos, tipo dah - versão brejas.
Asseguro-vos que depois desta aula, jamais ficarei indiferente à expressão – “vamo lá minha gente”. E a boa educação, para onde foi? Odiei ouvi ir isto de cinco em cinco minutos, enquanto moribunda me ía mexendo…O prof de vez em quando exibia o peitoral, pois levantava a t-shirt com um movimento sexy, que nem bailarino de salsa, tenho feeling que gosta do género... Completamente nojento o "profe santos".
Eu suava por tudo que era poro, bebi litro e meio de água, não consegui fazer nem metade dos abdominais. Todas nós tresandávamos. A aula parecia um encontro de suínos fêmeas, exaustas e famintas. Eu só pensava, chocolate, eu preciso de doces. Estávamos com um rosto, uma expressão assustadora, houve pessoal que ía para a aula de pilates que se afastou de nós, como se tívessemos algo contagioso. Mas acho que era mesmo o cheiro. Nós estavámos rosas, para não dizer roxas, ensopadas de suor, super mal-cheirosas, com língua de fora. Suíno?! É assim que imagino um porco e foi assim que me senti, uma porca versão gaja vestida de calça de fato de treino. Evitei cruzar-me com o profe no final da aula, para não lhe dizer a minha opinião que com certeza iria ser acompanhada com um discurso tipo “porque eu acho porque eu penso, não podemos, não deve”. Eu e as minhas opiniões, lol. Na volta ainda tinha de ouvir as explicações ou então uma enumeração dos benefícios deste tipo de modalidade. As minhas opinião nem sempre saem da melhor forma... Sim, porque a meio da aula, depois de intensos exercícios de braços. Diz, “não se preocupem minhas lindas que não ficam com uns braços como os meus”. Ao que respondi - e ouviu-se por toda a sala - "credo ainda bem". Não corei, pois já estava mais do que vermelha. De qualquer forma senti que desci ao nível dele. Muito mau, mesmo muito :(. Fui sincera, em demasia, sim eu sei...
Difícil de visualizar?! Ainda bem para vocês, trágico para mim. Julgo que não será suficiente o fim-de-semana para provocar uma amnésia. Mas não foi o aspecto azeite que me criou repugnância e trauma de evitar a todo o custo a aula deste senhor, de seu nome Santos, pelo menos foi o que percebi….
O que foi terrível foi a brutalidade da aula. Explicava à "speedy Gonzales" os movimentos e depois berrava com grunhidos, voltando a repetir o exercício com gestinhos, tipo dah - versão brejas.
Asseguro-vos que depois desta aula, jamais ficarei indiferente à expressão – “vamo lá minha gente”. E a boa educação, para onde foi? Odiei ouvi ir isto de cinco em cinco minutos, enquanto moribunda me ía mexendo…O prof de vez em quando exibia o peitoral, pois levantava a t-shirt com um movimento sexy, que nem bailarino de salsa, tenho feeling que gosta do género... Completamente nojento o "profe santos".
Eu suava por tudo que era poro, bebi litro e meio de água, não consegui fazer nem metade dos abdominais. Todas nós tresandávamos. A aula parecia um encontro de suínos fêmeas, exaustas e famintas. Eu só pensava, chocolate, eu preciso de doces. Estávamos com um rosto, uma expressão assustadora, houve pessoal que ía para a aula de pilates que se afastou de nós, como se tívessemos algo contagioso. Mas acho que era mesmo o cheiro. Nós estavámos rosas, para não dizer roxas, ensopadas de suor, super mal-cheirosas, com língua de fora. Suíno?! É assim que imagino um porco e foi assim que me senti, uma porca versão gaja vestida de calça de fato de treino. Evitei cruzar-me com o profe no final da aula, para não lhe dizer a minha opinião que com certeza iria ser acompanhada com um discurso tipo “porque eu acho porque eu penso, não podemos, não deve”. Eu e as minhas opiniões, lol. Na volta ainda tinha de ouvir as explicações ou então uma enumeração dos benefícios deste tipo de modalidade. As minhas opinião nem sempre saem da melhor forma... Sim, porque a meio da aula, depois de intensos exercícios de braços. Diz, “não se preocupem minhas lindas que não ficam com uns braços como os meus”. Ao que respondi - e ouviu-se por toda a sala - "credo ainda bem". Não corei, pois já estava mais do que vermelha. De qualquer forma senti que desci ao nível dele. Muito mau, mesmo muito :(. Fui sincera, em demasia, sim eu sei...
26/08/07
Tou a ficar croma
Hoje acordei ao som da trovoada e estive imenso tempo a dar voltas na cama agoniada. Uma ansiedade. O meu coração pareceia um swatch.. De repente lembrei-me que estava quase a fazer anos e fiquei a cogitar nos meus super 30. Não me apetece mesmo fazer anos, nem mesmo com a doce ilusão das prendas. Confesso que esta pré-depressão momentânea se deve ao facto que ontem parti um vidro e lá pensei nos vários anos de azar que se seguirão :(. Porque é que com a idade se fica tão croma. Nunca fui de ligar a estas coisas... Mas subitametne os meus neurónios ficaram quantificáveis e um tanto tetardados. Para ultrpassar o acidente, fui comprar um novo vidro para o meu quadro de flores que brevemente será o meu cenário ao acordar. Daqui a pouco vou buscá-lo...
25/08/07
Maminhas para baixo
Pois é. O título não engana, o soutinen é que sim. Miraculoso instrumento que eleva a auto-estima feminina e as suas mamocas. Acreditem que não saio mais à rua sem ele. Recentemente pude constatar que já não sou o que era. E o mais triste é que só me apercebi disso este ano, precisamente nestes últimos 3 meses. De regresso da praia e ainda com o biquini, com um top e saia vestida, que modéstia à parte me ficam muito bem, pude observar-me no espelho do elevador. E mirando as minhas maminhas apercebi-me que elas estavam muito abaixo do que esperado. Pensei? Como? O meu rabo está cada vez mais saliente e arrebitado para o céu. Aliás parece que anda sempre empinado, bendito ginásio. (Embora que já seja famosa a minha psicose em relação ao meu traseiro. Mas que fique bem claro que não é que goste, simplesmente gostaria que fosse mais discreto. Tudo que é gajo não tira os olhos dele e desde miuda que ouço comentários. Daí falo mal dele, para que não pense que é muito bom ou bonito. Porém o dito continua a manter a atenção toda. Sempre disse que ele é tão visível e proeminente que primeiro sigo eu e depois ele vem logo a correr. Estão a imaginar?! Suficientemente tolo? Pois, eu sou mesmo assim. Não me poupo a críticas. Muito trauma a escolher calça de ganga com cuidados extremos para as nádegas não transbordarem ou então que ficasse aquela impressão que o tecido iria explodir a qualquer momento. Fica muito feio. E que querem? Que me auto-elogie e que me torne uma insuportável convencida?! O tronco é elegante e delicado, agora a parte inferior simplesmente uma overdose de curvas. Ok, sou montes de boa, quando não estou numa de implicar comigo mesmo, o que acontece actualmente 65% do tempo, mas já foi 90 e... )
Retomando o assunto, maminhas. Estou triste, porque eu achava que elas estavam bem mais bonitas do que quando eu tinha 19 anos, mas convenhamos, descaídas. Não poderiam esperar que eu chegasse aos 35 ou melhor aos 40... Porquê aos 33, olhar para o espelho e pensar, tou com as mamas mais pequenas. Nah, não estão pequenas, mas sim espalmadas. Daqui a pouco as ditas "murchinhas" escorrem pela cintura e vão espreitar as nádegas e põem-se à conversa. Mas eu não as deixo. Já revi os meus soutiens à lupa e as alças foram todas repuxadas. Se por acaso me virem a passar na rua, com "elas" a bater nos ombros, ignorem-me, mais dia menos dia acerto na medida. Antes nos ombros do que na cintura a a dar palmadinhas no meu umbigo.
Retomando o assunto, maminhas. Estou triste, porque eu achava que elas estavam bem mais bonitas do que quando eu tinha 19 anos, mas convenhamos, descaídas. Não poderiam esperar que eu chegasse aos 35 ou melhor aos 40... Porquê aos 33, olhar para o espelho e pensar, tou com as mamas mais pequenas. Nah, não estão pequenas, mas sim espalmadas. Daqui a pouco as ditas "murchinhas" escorrem pela cintura e vão espreitar as nádegas e põem-se à conversa. Mas eu não as deixo. Já revi os meus soutiens à lupa e as alças foram todas repuxadas. Se por acaso me virem a passar na rua, com "elas" a bater nos ombros, ignorem-me, mais dia menos dia acerto na medida. Antes nos ombros do que na cintura a a dar palmadinhas no meu umbigo.
Prendas precisam-se
Prendas, prendas... eu quero prendas!!!! Marquem na agenda: dia 31 de Agosto, próxima sexta-feira. Se não és amigo, não importa, compra qualquer coisita gira.
Sou uma rapariga em vias de celebrar mais um aniversário. O que pode ser visto de duas formas: um ano mais velha, cada vez mais trinta e por outro lado, imensas prendas, telefonemas, o que faz este meu ego ficar exuberantemente convencido, de tal forma que durante 24 horas me julgo muito importante. Uma espécie de padrinho sem aquele algodão ridículo nas bochechas, pronúncia italiana e gestos um tanto exagerados.
Este ano tive uma ideia prodigiosa e julgo que este blog poderá ser muito útil na divulgação do meu objectivo, que é: dar uma ajudinha na escolha dos meus presentes. Sei que junto de algumas facções mais conservadoras e puritanas vou ser alvo de comentários pecaminosos, não importa, o que interessa são as prendinhas, às carradas e bem giras para aqui a JE. Uma triste notícia, este ano não haverá a famosa festa de aniversário no já "dejá vu", restaurante chinês. Desenrasquem-se para estar comigo e se custar muito, azar. Já fui muito prestável para todas as próximas reencarnações e agora quero mimos, carradas deles.
Voltando ao assunto prendas. A verdade é que os meus desejos consumistas - há muito atrofiados - têm vindo a reclamar coisas novas e giras e como sei que sou uma rapariga cheia de sorte e tenho amigos que são umas almas caridosas e que vão ser sensíveis a este meio desvaneio e facilitador de ideias.... atrevo-me a fazer umas sugestões. O pior que pode acontecer é receber menos telefonemas, prendas, porque de repente há uma ou outra pessoa que não acha muita piada a este meu texto. Mas amigo "é aquele que fica quando todos se vão embora", li um dia num bagi. Só por aqui dá para fazer a intensidade dos meus pensamentos e das minhas fontes de informação, lol. E acrescento eu ainda que AMIGO é aquele que atura as minhas loucuras e que me ama apesar de todos os defeitos. Pessoas mesmo íntimas, quase família tenho cerca de cinco, agora daqueles amigos/ colegas que estão quase sepre próximos, cerca de 10, colegas e conhecidos que mimam pontualmente outros tantos. Exibicionismo?! Nah... Tenho facilidade em conhecer novas pessoas. E ao que dizem o meu bom humor e dedicação são predicados bastante apreciados. É um facto que das coisas que mais gosto de fazer, é estar com as pessoas que amo. Conversar do dia-a-dia, de livros e cinema, de projectos nunca concretizados, de merdices e futilidades, em suma da vida... ;)
A lista que se segue não está organizada por ordem de preferência é simplesmente uma caótica enumeração do que esta menina gosta:
O que podem comprar:
- livros: “A chave de casa” de Tatiana Salem Levy; “O décimo terceiro conto” da Diane Setterfield, “Doutor Pasavento” de Enrique Villas-Matas, “O pescador de girassóis” de António Santos, “Não Matem a cotovia” de Harper Lee, “Clarissa” de Érico Verissimo e já agora o 3º e/ou o 4º volume das Brumas de Avalon (sou fanática por romances de cavalaria, ainda no liceu e Faculdade fiz pesquisas sobre o ciclo Bretão). Fico-me por aqui para nãoi adormecerem com os meus desvaneios literários....
- CD’s – qualquer coisinha da Maria João (não tenho nenhum CD dela), da MIA, o último album do Justin Timberlake, o último do David Fonseca. Pode ser uma das cópias que vocês amigos fizeram para ter no carro e nao ficarem sem os originais ;) Eu fico com as cópias ;) Ando a ouvir uma música na rádio de uma fulana brasileira que no refrão diz algo do género: "mas eu quero sempre mais e o que você me dá é pesado" - alguém sabe, quem é??? Sei que o refrão pode ser mal-interpretado, mas é uma delicia de música e a voz dela muito doce e limpída.
- perfumes são sempre bem vindos... algumas sugestões: Envy da gucci, delicious da DKN (acho eu), Cheap and Chic (um clássico que adoro), Happy da Clinic. Que seja intenso e feminino, mas simultaneamente suave...
- carteiras ou sacos, aquelas coisas que trago a tiracolo e onde levo tudo comigo e que parece a mala do sport billy. POdem-me comprar por exmplo uma daquelas bases da Nice Things para eu acrescentar à minha pequerrucha. Sei que tou a pedir muito, mas façam uma "vaquinha"...
- roupinha – uma t-shirt, uma sweat, algo catita, fazem-me "gargalhar" de extase, eu adoro "clothes" e estou sempre a recuperar o meu guarda-roupa sobrepondo peças, reformulando-as
- roupa interior – gosto, gosto muito... mas evitem sedas e viscoses e rendas. Eu gosto é mesmo de algodão. Uso 36, já devem saber...Nada de vermelho, odeio roupa interior vermelha, mas pode ser bordeaux, também não aprecio muito preto...
- Acessórios: estou a precisar de um cinto preto ou então um dourado (tenho umas sabrinas novas que a minha mãezinha deu e é para fazer toilette) para as minhas novas calças de ganga. Podem também oferecer brincos, colares que eu pestanejarei de emoção.
- preciso de uma toalha nova para a mesa da sala – colorida por favor, mas evitem laranja, pois é o que mais há naquela sala
- uma cortina para a casa de banho – também colorida, mas que fique bem numa casa de banho beige e com azulejos um pouco clássicos. Se não tiverem a certeza, não comprem, porque depois troco e ficam tristes
- creme de rosto para as primeiras rugas, pois é com 33 tenho mesmo de me precaver. Quero ter rugas bonitas e se quiserem contribuir, força.
- um creme anticelulite - já não uso um há mais de 3 anos. Escolham um fantástico. Não é que eu precise, simplesmente é para matar saudades
Depois desta extensa lista só posso calcular que depois de ser lida terei as minhas orelhas bem vermelhuscas. Mas como diz a Cindy Lauper: Girls just want to have fun. Eu sou uma dessas.
Sou uma rapariga em vias de celebrar mais um aniversário. O que pode ser visto de duas formas: um ano mais velha, cada vez mais trinta e por outro lado, imensas prendas, telefonemas, o que faz este meu ego ficar exuberantemente convencido, de tal forma que durante 24 horas me julgo muito importante. Uma espécie de padrinho sem aquele algodão ridículo nas bochechas, pronúncia italiana e gestos um tanto exagerados.
Este ano tive uma ideia prodigiosa e julgo que este blog poderá ser muito útil na divulgação do meu objectivo, que é: dar uma ajudinha na escolha dos meus presentes. Sei que junto de algumas facções mais conservadoras e puritanas vou ser alvo de comentários pecaminosos, não importa, o que interessa são as prendinhas, às carradas e bem giras para aqui a JE. Uma triste notícia, este ano não haverá a famosa festa de aniversário no já "dejá vu", restaurante chinês. Desenrasquem-se para estar comigo e se custar muito, azar. Já fui muito prestável para todas as próximas reencarnações e agora quero mimos, carradas deles.
Voltando ao assunto prendas. A verdade é que os meus desejos consumistas - há muito atrofiados - têm vindo a reclamar coisas novas e giras e como sei que sou uma rapariga cheia de sorte e tenho amigos que são umas almas caridosas e que vão ser sensíveis a este meio desvaneio e facilitador de ideias.... atrevo-me a fazer umas sugestões. O pior que pode acontecer é receber menos telefonemas, prendas, porque de repente há uma ou outra pessoa que não acha muita piada a este meu texto. Mas amigo "é aquele que fica quando todos se vão embora", li um dia num bagi. Só por aqui dá para fazer a intensidade dos meus pensamentos e das minhas fontes de informação, lol. E acrescento eu ainda que AMIGO é aquele que atura as minhas loucuras e que me ama apesar de todos os defeitos. Pessoas mesmo íntimas, quase família tenho cerca de cinco, agora daqueles amigos/ colegas que estão quase sepre próximos, cerca de 10, colegas e conhecidos que mimam pontualmente outros tantos. Exibicionismo?! Nah... Tenho facilidade em conhecer novas pessoas. E ao que dizem o meu bom humor e dedicação são predicados bastante apreciados. É um facto que das coisas que mais gosto de fazer, é estar com as pessoas que amo. Conversar do dia-a-dia, de livros e cinema, de projectos nunca concretizados, de merdices e futilidades, em suma da vida... ;)
A lista que se segue não está organizada por ordem de preferência é simplesmente uma caótica enumeração do que esta menina gosta:
O que podem comprar:
- livros: “A chave de casa” de Tatiana Salem Levy; “O décimo terceiro conto” da Diane Setterfield, “Doutor Pasavento” de Enrique Villas-Matas, “O pescador de girassóis” de António Santos, “Não Matem a cotovia” de Harper Lee, “Clarissa” de Érico Verissimo e já agora o 3º e/ou o 4º volume das Brumas de Avalon (sou fanática por romances de cavalaria, ainda no liceu e Faculdade fiz pesquisas sobre o ciclo Bretão). Fico-me por aqui para nãoi adormecerem com os meus desvaneios literários....
- CD’s – qualquer coisinha da Maria João (não tenho nenhum CD dela), da MIA, o último album do Justin Timberlake, o último do David Fonseca. Pode ser uma das cópias que vocês amigos fizeram para ter no carro e nao ficarem sem os originais ;) Eu fico com as cópias ;) Ando a ouvir uma música na rádio de uma fulana brasileira que no refrão diz algo do género: "mas eu quero sempre mais e o que você me dá é pesado" - alguém sabe, quem é??? Sei que o refrão pode ser mal-interpretado, mas é uma delicia de música e a voz dela muito doce e limpída.
- perfumes são sempre bem vindos... algumas sugestões: Envy da gucci, delicious da DKN (acho eu), Cheap and Chic (um clássico que adoro), Happy da Clinic. Que seja intenso e feminino, mas simultaneamente suave...
- carteiras ou sacos, aquelas coisas que trago a tiracolo e onde levo tudo comigo e que parece a mala do sport billy. POdem-me comprar por exmplo uma daquelas bases da Nice Things para eu acrescentar à minha pequerrucha. Sei que tou a pedir muito, mas façam uma "vaquinha"...
- roupinha – uma t-shirt, uma sweat, algo catita, fazem-me "gargalhar" de extase, eu adoro "clothes" e estou sempre a recuperar o meu guarda-roupa sobrepondo peças, reformulando-as
- roupa interior – gosto, gosto muito... mas evitem sedas e viscoses e rendas. Eu gosto é mesmo de algodão. Uso 36, já devem saber...Nada de vermelho, odeio roupa interior vermelha, mas pode ser bordeaux, também não aprecio muito preto...
- Acessórios: estou a precisar de um cinto preto ou então um dourado (tenho umas sabrinas novas que a minha mãezinha deu e é para fazer toilette) para as minhas novas calças de ganga. Podem também oferecer brincos, colares que eu pestanejarei de emoção.
- preciso de uma toalha nova para a mesa da sala – colorida por favor, mas evitem laranja, pois é o que mais há naquela sala
- uma cortina para a casa de banho – também colorida, mas que fique bem numa casa de banho beige e com azulejos um pouco clássicos. Se não tiverem a certeza, não comprem, porque depois troco e ficam tristes
- creme de rosto para as primeiras rugas, pois é com 33 tenho mesmo de me precaver. Quero ter rugas bonitas e se quiserem contribuir, força.
- um creme anticelulite - já não uso um há mais de 3 anos. Escolham um fantástico. Não é que eu precise, simplesmente é para matar saudades
Depois desta extensa lista só posso calcular que depois de ser lida terei as minhas orelhas bem vermelhuscas. Mas como diz a Cindy Lauper: Girls just want to have fun. Eu sou uma dessas.
Pais alugam-se ou vendem-se por preço catita
Primeira pergunta – o que é um preço catita? É um valor quase de saldo que soa a gratuito em que se dispensa o objecto sem gastar grandes quantias pecuniárias. Repaeam que nem questionei o possível espanto/ incompreensão por colocar os meus pais à venda ou para aluguer, pois estou certa que não sou a única a precisar de fazer nova aquisição. Os meus pais deveriam ser temporariamente (para não dizer definitivamente) demitidos por incumprimento das suas funções. Dever-lhes-ia ser imposto um estágio intenso para adquirir novas ferramentas básicas de relacionamento interpessoal de cariz afectuoso. Que se passa? O de sempre. Nos momentos em que preciso de uma palavra de incentivo são os primeiros a desmotivar e a fragilizar-me. Às vezes é muito duro fazer de conta que não se ouve e seguir o meu caminho. Mas esta é a única hipótese de sobrevivência, nomeadamente quando não existe retaguarda optimista de apoio. Pois tudo se resume a isso, são dois espécimens negativos e pessimistas. Um êlixir para a insegurança e para a lágrima e ranho crónicos. Se quiserem pedir uma opinião, não lhes peçam. Se tiverem de solicitar um favor, pensem bem. Se calhar é melhor optar pela vossa lista de contactos. E se não houver ninguém aí sim, lá terão de recorrer a eles. Alerta – os meus pais mais cedo ou mais tarde cobram com sentimentalismo exacerbado o favor prestado. Inércia é o conselho deles. A estória favorita para fazer massacre psicológico é a fabula da formiga e da cigarra. Eu acho que para eles devo ser a cigarra, eles simplesmente insinuam. Mas serei? Na verdade, morro de tédio de cantorias e de não fazer nada. Mesmo em férias organizo o meu tempo para tornar o dia bastante rentável. Mas se os pais dizem, é porque lá sabem e conhecem a essência da coisa... E chateia muito essa opinião.
Consegui muita coisa sozinha e comparativamente aos que me são próximos, fiz mesmo muito, escalei uma montanha. Sempre me julguei tão pequena, mas sou bem mais do que penso ser e do que os outros vêem. Ás vezes tenho medo das alturas e da vontade de fazer outro caminho. Neste momento estou em direcção a outra montanha e como sempre não tenho sombra nem árvores, embora as procure sempre. Simplesmente sei que um dia chegarei a um lugar onde elas existam.
É caso para dizer que sou uma alpinista e que isto soa mesmo muito mal.
Preço catita pelos meus pais e não aceito permutas, pois calculo que não sou a única filha de uma família disfuncional.
Consegui muita coisa sozinha e comparativamente aos que me são próximos, fiz mesmo muito, escalei uma montanha. Sempre me julguei tão pequena, mas sou bem mais do que penso ser e do que os outros vêem. Ás vezes tenho medo das alturas e da vontade de fazer outro caminho. Neste momento estou em direcção a outra montanha e como sempre não tenho sombra nem árvores, embora as procure sempre. Simplesmente sei que um dia chegarei a um lugar onde elas existam.
É caso para dizer que sou uma alpinista e que isto soa mesmo muito mal.
Preço catita pelos meus pais e não aceito permutas, pois calculo que não sou a única filha de uma família disfuncional.
07/07/07
A emoção de ter gatos
Pêlo, muito pêlo espalhado pela casa. Adeus roupas escuras com ar impecável. O pêlo entranha-se, infiltra-se em todos os compartimentos e descobre a roupinha limpinha e conspurca-a com a sua indelével marca. Não há ninguém que não tenha ido lá a casa e tenha saído impoluto nas suas vestes.
Os brinquedos (das gatas) passam a vida espalhados pela casa e se não estão, é porque algo se passa. Aqui fico com receio que descubram outros objectos e os transformem em brinquedos. Mudar a areia do WC delas é outros dos rituais quase que quotidianos. E se por algum motivo a areia está muito porca, elas vêm ter comigo reclamando com um característico miar, incitam-me a acompanhá-las até ao local e aí percebo se é falta de comida, água ou a areia que precisa de ser renovada. E quais as vantagens? Enchem a casa de alegria, com as suas piruetas, são muito meigas e afectuosas e transmitem-me através do olhar e pequenos gestos o seu amor e reconhecimento. São bastante autónomas e independentes. Elas compreendem que a “mãe” nem sempre está em casa e que isso é normal. E eu compreendo que elas gostam de passar o tempo a fazer longas sestas.
O problema maior são as boas maneiras que não existem. Desde muito cedo ensinei-lhes que as mesas são locais interditos à gatas, embora tenha a certeza que na minha ausência deve ser uma grande farra. Quando estou por casa, não se atrevem. Por exemplo se levo um tabuleiro com alguma coisa para comer é um luta de forças, porque acham sempre que estão no direito de com a pata devem tirar um pouco, nem que seja para brincar. Apesar dos esforços, este continua a ser o principal mal. Quando vai lá alguém a casa, fogem para debaixo da cama, passado algum tempo vêem para a sala socializar o que para elas é saltar para o colo e encher as visitas de pêlo. Adoram os sacos e cheirar os sapatos. Por vezes ficam-se nos puffs, suplicando mimos, o que regra geral funciona sempre.
Questões como mau hálito não as preocupa, mas mim incomoda. Gostaria tanto que mascassem chiclets já que aventura e lhes lavar os dentes me parece algo semelhante a filme de terror. É que apesar do ar doce, elas têm umas unhas bem pontiagudas...E a dona garbo gosta de se aproximar do meu rosto e cheirá-lo e dar-me uma turrinha no nariz, é um gesto de afecto que me faz quase trocar os olhos, o que para ela deve simbolizar carinho, mas no fundo é outra cosia. Regra geral sinto o hálito intenso de gata que desconhece o objecto escova de dentes e pasta, mas como mãe humana suporto e não lhe "digo" nada. Antes a gata do que eu...
Pêlo, muito pêlo espalhado pela casa. Adeus roupas escuras com ar impecável. O pêlo entranha-se, infiltra-se em todos os compartimentos e descobre a roupinha limpinha e conspurca-a com a sua indelével marca. Não há ninguém que não tenha ido lá a casa e tenha saído impoluto nas suas vestes.
Os brinquedos (das gatas) passam a vida espalhados pela casa e se não estão, é porque algo se passa. Aqui fico com receio que descubram outros objectos e os transformem em brinquedos. Mudar a areia do WC delas é outros dos rituais quase que quotidianos. E se por algum motivo a areia está muito porca, elas vêm ter comigo reclamando com um característico miar, incitam-me a acompanhá-las até ao local e aí percebo se é falta de comida, água ou a areia que precisa de ser renovada. E quais as vantagens? Enchem a casa de alegria, com as suas piruetas, são muito meigas e afectuosas e transmitem-me através do olhar e pequenos gestos o seu amor e reconhecimento. São bastante autónomas e independentes. Elas compreendem que a “mãe” nem sempre está em casa e que isso é normal. E eu compreendo que elas gostam de passar o tempo a fazer longas sestas.
O problema maior são as boas maneiras que não existem. Desde muito cedo ensinei-lhes que as mesas são locais interditos à gatas, embora tenha a certeza que na minha ausência deve ser uma grande farra. Quando estou por casa, não se atrevem. Por exemplo se levo um tabuleiro com alguma coisa para comer é um luta de forças, porque acham sempre que estão no direito de com a pata devem tirar um pouco, nem que seja para brincar. Apesar dos esforços, este continua a ser o principal mal. Quando vai lá alguém a casa, fogem para debaixo da cama, passado algum tempo vêem para a sala socializar o que para elas é saltar para o colo e encher as visitas de pêlo. Adoram os sacos e cheirar os sapatos. Por vezes ficam-se nos puffs, suplicando mimos, o que regra geral funciona sempre.
Questões como mau hálito não as preocupa, mas mim incomoda. Gostaria tanto que mascassem chiclets já que aventura e lhes lavar os dentes me parece algo semelhante a filme de terror. É que apesar do ar doce, elas têm umas unhas bem pontiagudas...E a dona garbo gosta de se aproximar do meu rosto e cheirá-lo e dar-me uma turrinha no nariz, é um gesto de afecto que me faz quase trocar os olhos, o que para ela deve simbolizar carinho, mas no fundo é outra cosia. Regra geral sinto o hálito intenso de gata que desconhece o objecto escova de dentes e pasta, mas como mãe humana suporto e não lhe "digo" nada. Antes a gata do que eu...
Vida nova
A minha semana começou da melhor forma. Ao contrário da minha má fama de sisuda e rosto pouco revelador de simpatia, consegui em escassas horas conhecer novas colegas (sim, a bem dizer somos só gajas, o habitual…), conversar bastante e concluir que não sou o único ser humano à procura de um novo rumo no seu percurso profissional. Há mais como eu, muitas mais... No final do dia estava com o ego rechonchudo e algo confusa, consegui criar empatia com as colegas e estar à vontade para me rir. Fiquei a achar que vivia num mundo cor-de-rosa e apesar das dicas de uma amiga minha que tipo "mãezinha" me deu na véspera me deu conselhos maternais do género daqueles que se devem dar no primeiro dia de aulas como "sorri às pessoas", "Vê lá o que dizes, mas põe uma cara alegre se não ninguém vai gostar de ti" etc etc e eu fiquei a pensar que era um bichinho papão. Afinal não sou. Embora os dados estatísticos não abonem a meu favor. De todos os meus amigos e conhecidos só houve uma pessoa que me achou logo à primeira simpática. Ainda hoje, se não a conhecesse bem, nomeadamente os seus hábitos alimentares, julgaria que estivesse alcoolizada. Mas é facto que nos conhecemos num ambiente muito austero em que por precaução me limitava a cumprimentar as pessoas e responder meramente ao que me perguntavam. E mesmo assim, achar-me simpática, foi quase rara. Desta vez a realidade é diferente, não sei o que me espera e apesar de comedida nas gargalhadas e piadas, acabei o dia com o saldo de ter “ar de pessoa simpática”, de “ser uma pessoa humilde” e de “ter um ar meigo”, tudo porque nos diversos testes de selecção ficaram com essa ideia da minha pessoa. Pois, quem diria, hein?! Eu, simpática assim logo à primeira. Daqui a uns meses começo a fazer parte da mobília da casa e passo a amiga inseparável, a ser convidada para baptizadas e churrascos. Não posso, é muita coisa para a minha pequerrucha agenda. Eu sou um ser social, ficou provado e vou passar a andar de t-shirt com essas palavras. Brincadeira.. Mas que estou perplexa, estou…. Mas se as minhas "coleguitas" pensam isso, para quê contrariar. Muito bem, eu acrescentaria uma ou outra coisa mais, mas como passou uma semana, vou-lhes dar tempo para acrescentar algo mais ao meu currículo, eh, eh. Mas aquelas frases até me assentam bem, muito bem mesmo… A semana foi igualmente muito enriquecedora a nível de conhecimentos, ficou provado que "pensar cansa", pelo menos a mim. Ouvir os outros exige muita concentração, nomeadamente não podendo interromper sempre que me apetece, tipo de 15 em 15 minutos. Conclui igualmente que os computadores são “bicharocos” que amuam com regularidade, ou seja, bloqueiam e deixam de trabalhar, provocando um nervoso miudinho pronto a despoletar um vendaval de choro e birra.
Nunca pensei que estar oito horas por dia em formação pudesse ser tão cansativo. Senti que os meus neurónios há muito não eram exercitados. Os vários milhões (ou no meu caso seriam dezenas?) de repente forçados a deixarem a vida pacata que levavam e terem de andar numa azáfama quotidiana. Seria possível em tão pouco tempo recuperar o tempo perdido? A ver vamos, a próxima semana será igualmente de formação e de muito tempo para nós, "moi" e neurónios.
A minha semana começou da melhor forma. Ao contrário da minha má fama de sisuda e rosto pouco revelador de simpatia, consegui em escassas horas conhecer novas colegas (sim, a bem dizer somos só gajas, o habitual…), conversar bastante e concluir que não sou o único ser humano à procura de um novo rumo no seu percurso profissional. Há mais como eu, muitas mais... No final do dia estava com o ego rechonchudo e algo confusa, consegui criar empatia com as colegas e estar à vontade para me rir. Fiquei a achar que vivia num mundo cor-de-rosa e apesar das dicas de uma amiga minha que tipo "mãezinha" me deu na véspera me deu conselhos maternais do género daqueles que se devem dar no primeiro dia de aulas como "sorri às pessoas", "Vê lá o que dizes, mas põe uma cara alegre se não ninguém vai gostar de ti" etc etc e eu fiquei a pensar que era um bichinho papão. Afinal não sou. Embora os dados estatísticos não abonem a meu favor. De todos os meus amigos e conhecidos só houve uma pessoa que me achou logo à primeira simpática. Ainda hoje, se não a conhecesse bem, nomeadamente os seus hábitos alimentares, julgaria que estivesse alcoolizada. Mas é facto que nos conhecemos num ambiente muito austero em que por precaução me limitava a cumprimentar as pessoas e responder meramente ao que me perguntavam. E mesmo assim, achar-me simpática, foi quase rara. Desta vez a realidade é diferente, não sei o que me espera e apesar de comedida nas gargalhadas e piadas, acabei o dia com o saldo de ter “ar de pessoa simpática”, de “ser uma pessoa humilde” e de “ter um ar meigo”, tudo porque nos diversos testes de selecção ficaram com essa ideia da minha pessoa. Pois, quem diria, hein?! Eu, simpática assim logo à primeira. Daqui a uns meses começo a fazer parte da mobília da casa e passo a amiga inseparável, a ser convidada para baptizadas e churrascos. Não posso, é muita coisa para a minha pequerrucha agenda. Eu sou um ser social, ficou provado e vou passar a andar de t-shirt com essas palavras. Brincadeira.. Mas que estou perplexa, estou…. Mas se as minhas "coleguitas" pensam isso, para quê contrariar. Muito bem, eu acrescentaria uma ou outra coisa mais, mas como passou uma semana, vou-lhes dar tempo para acrescentar algo mais ao meu currículo, eh, eh. Mas aquelas frases até me assentam bem, muito bem mesmo… A semana foi igualmente muito enriquecedora a nível de conhecimentos, ficou provado que "pensar cansa", pelo menos a mim. Ouvir os outros exige muita concentração, nomeadamente não podendo interromper sempre que me apetece, tipo de 15 em 15 minutos. Conclui igualmente que os computadores são “bicharocos” que amuam com regularidade, ou seja, bloqueiam e deixam de trabalhar, provocando um nervoso miudinho pronto a despoletar um vendaval de choro e birra.
Nunca pensei que estar oito horas por dia em formação pudesse ser tão cansativo. Senti que os meus neurónios há muito não eram exercitados. Os vários milhões (ou no meu caso seriam dezenas?) de repente forçados a deixarem a vida pacata que levavam e terem de andar numa azáfama quotidiana. Seria possível em tão pouco tempo recuperar o tempo perdido? A ver vamos, a próxima semana será igualmente de formação e de muito tempo para nós, "moi" e neurónios.
29/06/07
I feel good - versão moi
Eu hoje sinto-me um pouco como a música de James Brown, aquela do "I feel good, I knew that I would now, I feel good, I knew that I wouldn't of, So good, so good". Até me imagino a dar aqueles bwerrinhos estridentes e a fazer aquele jogo de ancas. O que parecia improvavél aconteceu: estou de malas aviadas para uma nova fase da minha vida, um novo emprego, uma nova actividade e um caminho novo para percorrer.DESPEDI-ME e segunda-feira já não estarei cá. Sinto acima de tudo um enorme alívio em deixar este emprego. Esta semana foi a mais longa da minha vida, pois o meu director fez questão de me irritar de hora a hora com os seus berros estridentes chamando-me à sala dele,ora que lhe tinha de o indeminizar, ora dizendo que não me pagava salário, ora que pagava, ora que era desleal em sair assim de repente como se fosse mãe das minhas colegas e que se alguma tragédia iria acontecer. às vezes, lá me chamava para simplesmente me desejar boa sorte e que só depois quando viesse de férias acertava contas. Depois de muito avanço e recuo em negociações que quase pareciam um relato futebolístico, acertamos contas e ele em despedida muito nervoso quase chorou, mas voltou à carga insistindo que lhe dissesse para onde ía. Confesso que fiquei sensibilizada com a emoção dele, um homem da idade a chorar é quase raro. Será sempre uma incógnita se patrãozinho se emocionou de raiva (ressabiado) ou se por ter consciência que perdeu uma boa funcionária. Mas isto pensei eu porque os meus neurónios estavam exuastos da semana atribulada. De regresso a casa e pós um banho de imersão, reflecti e quase que me apetecia dar-me uma auto-sova pela imbecilidade, mas achei muito esquiso e potencialmente revelador de algum desequilibrio mental. Nunca saberei e confesso que pouco me importa agora. Verdade é que após aquele momento lamechas ainda me passou a tola ideia de lhe escrever um email, mas passou rápido . Vieram-me à memória os comentários depreciativos, o meu salário fantástico e acima de tudo as palavras de incentivo que sempre me deu, ou seja, nenhumas. Vou ter saudades da criançada do escritório e sei que elas vão sentir falta das minhas gargalhadas estridentes, de dar a minha opinião mesmo que não tivessem o minímo interesse em saber, do meu sentido de humor super estúpido, da acumulação de papéis na minha mesa e gavetas que ainda hoje a esvaziá-las nem sei porque e como guardei tanta porcaria. São oito anos que levo comigo, isto soa mal, mas custa um pouco esvaziar as gavetas e ver tudo vazio. E apesar de algumas lágrimas partilhadas aqui com a minha partnaire de sala, sei que fiz a opção acertada. Não vou conseguir escrever (aqui no blog) textos todos os dias , mas prometo manter regularidade.
25/06/07
Alone in the office
Hoje estou com a casa vazia. A minha criançada do escritório, está toda fora. E eu como uma mãe de filhos, doméstica, suspiro pelas crias imaginando se elas estarão bem. Como ultimamente a escassez de trabalho popula por estes lados, pesquisa sobre temas, leitura de jornais e revistas são uma constante. Sempre admiti ter estes momentos mortos que simplesmente abomino, morro de tédio. Mas não é que acontece sempre qualquer coisinha para pensar que há muita gente sem nada para fazer, assim como eu. Liga uma senhora para aqui para lhe dar um contacto como se trabalhasse numa central telefónica. E eu disse-lhe, ligue para o 118. E ela, mas a menina está aí tão perto não lhe custava nada tentar saber para mim. Tive mesmo para abandonar o meu sorriso exibicionista e perder a cabeça. Mas respirei pausadamente e lá lhe disse que ligasse para o 118, numero fantástico. Do outro lado, o amuo e a decepção reflectiram-se num monocórdico está bem. Então a criatura, queria que eu desligasse o telefone e voltasse a ligar-lhe para lhe arranjar um contacto. Sei… Coitadinha da senhora. Já que não tenho nada que fazer não custava nada. A sério, cada um. Lembrei-me doutra. Uma vez ligaram para aqui a perguntar se era do consultório XX e eu não. E a senhora, não minta, eu sei para onde estou a ligar. Provavelmente eu não sei onde é que trabalho – pensei eu, mas não disse. Poderia ser o início de um bate-boca infernal. Depois de alguma insistência lá se concluiu que se tinha enganado no número, fiquei aliviada. Afinal não é num consultório que eu trabalho.
Fim-de-semana de sono
Não é erro de português, foi mesmo um fim-de-semana em que pus o sono em dia, de forma moderada para não me habituar às horas extra na cama, e em que estive a ordenar a minha cabeça a nível de prioridades. Sim, corro riscos que a minha vida dê 180º graus novamente ou que fique simplesmente estagnada e tenho de me preparar. Há quem faça balanços no final do ano, eu prefiro reflectir quando os acontecimentos se acumulam desordenadamente como uma secretária desorganizada que não consegue pôr ordem à papelada. E na minha vida isso é frequente acontecer, tudo ou nada. O mais ou menos passa ao lado ou simplesmente não me apercebo. Nada é perfeito, que bom. E está para breve a loucura, em que fico tonta desta minha cabeça como se tivessa andado numa montanha-russa tendo-me esquecido de colocar o cinto. E eu, uma das mais imperfeitas especímenes femininas, mas que no seu conjunto sou mesmo ESPECTACULAR decidi dar o meu testemunho de... Pressinto que depois desta frase, a expressão convencida vai ficar incrustada no meu nome para todo o sempre. Como tal, para quê adiar um fim-de-semana só comigo mesmo? Resultado desta minha pausa? Hoje, estou com um sorriso enorme daqueles que provoca inveja alheia. Que fiz eu? Voltei a adiar uma das minhas tarefas domésticas favoritas (isto é o mais puro dos sarcasmos) – passar a ferro (o que me faz sempre sentir uma traquinas, ok, preguiçosa, ok desleixada mesmo) e optei por cozinhar pratos deliciosos – tortilha, peixe assado no forno com maçã e massa chinesa com vegetais, em diferentes refeições, claro. Tomei um banho de imersão onde fiquei literalmente demolhada durante meia hora. Fiz esfoliação – rosto/ corpo – e coloquei máscara no cabelo. Vi montes de DVD’s, quase devorei um livro, não no sentido literal. Calma. Senti-me bem mais leve – soa mal, mas foi como me senti - apesar de estar naquela fase tenebrosa de quando vem a tal coisa a quem dão vários nomes e cuja publicidade é sempre alegre e não deveria mesmo ser… E apesar da dor de cabeça, de ter rejeitado três potenciais Festas Sanjoaninas, senti que já há muito não tinha um fim de semana assim – relaxante mesmo, com a melhor companhia possível – eu mesma. Só assim poderei estar preparada para a outra melhor companhia possível. Quem? Ele mesmo...
22/06/07
São João... bah
Não gosto muito da festa de S. João. Porque é uma noite chata e em que toda a gente anda histérica de um lado para outro, com um alho-porro na mão e martelo a exorcizar stresses e frustrações. Eh pá. Assim não me distingo, passo a fazer parte de uma massa indiferenciada com um arzinho tresloucado. A sério, experimentem analisar friamente as expressões do pessoal que anda a fazer o percurso Avenida dos Aliados, Ribeira-Foz e digam-me qualquer coisinha. Sei que vão dizer alegria. Bah, é muito vinho e cerveja naquele corpo que provoca aquele ar de boa disposição. E como é que pode? Com tanta martelada, aperto, calcadelas, cheiro pavoroso de sardinha assada, dizer que se passou uma boa noite. Eu tentei por várias vezes, anos, fazer a experiência de me divertir no S. João e foi piorando. E chega a uma altura em que é preciso dizer basta e arranjar novas opções para a data. Vou contar algumas das minhas experiências. Numa delas optei mesmo por beber grandes quantidades de bebidas alcoólicas para não sentir frio ou o cansaço típico de quem está horas ininterruptas a andar. Regra geral acabava sempre por “virar o barco”, algures no percurso e daí vinha a ladainha das lamentações. Depois houve anos em que decidi estar a noite lúcida, nada de bebidas ludibriantes, mas era uma grande seca e por vezes mesmo assustador. Ela ver gente quase a atirar-se ao rio, a martelar descompassadamente as cabeças como se tivessem num concurso “quem dá mais pancadas por minuto”. Outros seres animalescos que aproveitavam para rondar jovens indefesas e dar-lhes uns valentes apalpões enquanto davam marteladas. E apesar de ter boa companhia nestes doidos percursos, ora grupo de amigos, com algum espécimen masculino para ajudar nas situações complicadas, mas nunca ajudava muito, ou mesmo namorado que seria o potencial defensor de todas atrocidades. Verdade seja dita, o resultado era sempre o mesmo, uma noite mal passada. Aquela frustração de não me ter divertido. O pior ano, foi há 10 anos, andava eu na Faculdade. Xiii, sei, tenho idade avançada, mas olhem que não. Nesse ano, acabei a madrugada quase a manhã, na praia da Luz a fumar um cigarrito enquanto tentava dançar, quando vindo do nada, um espertalhão, lança um martelo enorme que me vai bater literalmente no rosto. Fiquei possessa, fui lançada em direcção ao rapaz e bati-lhe tanto com o martelo que ele fugiu de mim. Os meus coleguitas e companheiros dessa fatídica noite, ficaram assustados. Até eu. Quase que me candidatei a levar um enfardamento. O que como pessoas bravas e destemidas nos fez em escassos segundos, acelerar o passo fora dali. Mas eu fui o caminho todo a remoer que o outro me iria encontrar e que não deveria estar bem da cabeça. Mas depois de fazer o percurso Ribeira Foz, duas vezes e de desejar desesperadamente deitar-me e ressonar algures, não era para menos. Mas para acabar/ iniciar em beleza o dia deste santo padroeiro, apercebi-me que apanhei pulgas pois estava toda cheia de picadelas e borbulhas e com muita comichão. Refira-se que ainda matei uma rechonchuda cheia de sangue. Moral da estória? Não posso sair na noite de 23 para 24 de Junho, pois corro sempre sérios riscos de enlouquecer. E que vou fazer em 2007, nessa noite fantasmagórica de muito alho-porro e martelo psicopata? Nem queiram saber… Aliás saberão no próximo comentário, caso seja possível publicar sem riscos de censura.
Pergunta estúpida - um desabafo
Eu acho que se fossem atribuídos óscares às perguntas mais estúpidas em final de entrevista eu teria ganho já muitos e os meus rivais com cara de tédio, já saberiam que a feliz contemplada sesria eu mesma. Na volta, até concorri com mais do que um disparate, logo com uma vantagem acrescida sobre eles. O que me aconteceu? Aqui vai o desabafo. Ontem depois de uma entrevista de quinze minutos, que fiz render ao máximo, pois já não sabia o que perguntar mais, dou por concluída a conversa com a minha já célebre frase - julgo que tenho todos os elementos necessários, muito obrigada. Até aqui, tudo bem, não fosse a perguntar estúpida pós um cumprimento que quase resultou num apalpão frontal ao tal médico. Entra-se no consultório dá-se um passou bem, depois de quinze minutos de conversação já é beijinho. Não percebo, adiante. E a pergunta foi - por curiosidade, digo eu - uma pessoa que tenha um implante de silicone pode amamentar? O médico ficou estupefacto como se tivesse levado com um balde de água. Tanta coisa a dizer e saiu-me aquilo. Não acham uma questão bem estúpida? Eu acho terrivel. Então estive a falar com ele sobre cirurgias plásticas, o que era mais frequente fazer-se e o que preocupava mais as mulheres e respectivas contra-indicações e saio-me com aquela. E depois ainda senti um olhar sobre os mamilos. Porque parecia mesmo uma pergunta pessoal e mesmo desaquada. De jovem que até colocou questões pertinentes, passei a jovem das perguntas "parvas". Se o que me levou lá foi o tema - pode-se ser belo depois dos 40/ 50 anos, como? Para quê falar em amamentação? Tive vontade de fazer buraco no meio da sala e esconder-me ou então tele-transportar-me. Aliás, o que me deu mesmo vontade, foi fazer um "rebobinar" da situação, mas não dá infelizmente para o fazer. Ainda bem que a estupidez e o disparate não são contagiosos, caso contrário já teria contaminado muita gente.
Conversas de sala de espera
Não há nada como ficar numa sala de espera de um famoso cirurgião plástico à espera duas ou 3 horas. O ego fica obesamente rechonchudo e posteriormente em choque. Aqui a jovem de pele de porcelana (eu mesma) foi confundida com uma paciente. No meio daqueles rostos todos inchados e sem expressão e de um nariz que apesar de me terem garantido que antes tinha o dobro do tamanho me parecia mesmo assim desmesurado. Primeiro via-se o nariz em grande destaque e depois atrás mesmo escondido o rosto. Ao que parece, depois fica normal. Será que fica mesmo? E vai ficar quatro vezes mais pequeno? Esperemos que sim, caso contrário continua assustador. Só para visualizarem o dito, para tirar um macaquinho daquele nariz, poder-se-ia colocar dois dedos num dos orifícios sem dificuldade no auxílio da tarefa…Horrorizados? Imaginem eu? Tive três horas a folhear revistas para não ter de olhar para a senhora. Estava lá uma equipa de jornalistas da TVI por causa daquele programa da Júlio Pinheiro que mudam o visual das pessoas, de monstro a princesa. Mas também estava um outra paciente dondoca que não parava de massajar o rosto e lamuriando-se que estava inchada. E eu a ficar em colapso de stresse daqueles tiques todos e do repetitivo queixume. Enquanto esperavam e para passar tempo, perguntaram-me por duas vezes, há quanto tempo tinha feito a plástica pois estava óptima. Fez-se uma pausa no meu cérebro. Tipo, o que é que isto quer dizer? Primeiro senti vaidade, pensei que bom, tenho a pele um luxo. Mas depois seguiu-se a preocupação, pareço eu uma cota que fez plástica. Não pode. Acabei por dizer que estava lá para entrevistar o cirurgião e falei um pouco da minha reportagem. Há que despachar a coisa e afastar ideias tolas, pois elas montam logo tenda. Inibidas as minhas potenciais entrevistadas não admitiram que o envelhecimento as preocupava. Uma delas, até me disse eu estava óptima, são manias. Pois, pois. Há quem coma chocolates, roía as unhas, fume, faça compras compulsivamente e tu tens a mania das plásticas. Mas só foi uma vez, nunca mais. Continua ela ninguém me dá 56 e saca do BI para mostrar o antes. Aí eu pensei, o Photoshop é mesmo bom, excelentes retoques. Aquela foto – do ano passado – mostrava um rosto bem melhor que na actualidade. E lá menti eu – realmente não parece ter nada ter 56, mas sim 65, pensei eu. Lá fui chamada e entrei na sala para uma brilhante entrevista com a minha imaginária vassoura de bruxa má e o meu nariz de mentirosa piedosa.
21/06/07
Intensas manhãs ao despertar
Todas as manhãs é sempre a mesma coisa acordo quase sempre exausta, com uma cara de susto, mesmo muito pálida e uma vontade doida de fazer xixi. Não percebo como amrmazeno tanta urina, mas faço imenso de manhã. E o facto é estranho porque regra geral às 4h30 ou 5h meia sonâmbula e quase aos tropeções lá vou até à sanita ainda meia a dormir. Confesso que já pensei ter um penico no quarto para facilitar a tarefa, mas julgo que desengonçada como sou, ainda virava aquilo N de vezes e depois a própria imagem do pote dá-me calafrios, o cheiro no quarto. De regresso à cama - pós primeiro xixi da manhã - aterro literalmente no meu leito e retomo o sono. Desperto um pouco antes das 7h e antecipo-me ao som das noticias da TSF e dos vários ruídos da má sintonia do meu despertador. As minhas gatas apercebem-se que entretanto já não durmo e como são umas energéticas felinas, decidem dar o alarme - não vá eu adormecer - um ou dois minutos antes das 7. Fazem-no sempre com um irritante choramingar acompanhado de pancadas na porta, o problema é que ao fim-de-semana o filme repete-se.E assim são as minhas manhãs. Depois de lutar durante meia hora, de ficar só mais um bocadinho, mas outros 10 minutos, finalmente desisto e começa uma autêntica corrida contra o tempo. Tomar banho, vestir, fazer pequeno almoço ou levar algo para o escritório, verificar se a areia delas está limpa e se têm comida. Confesso que a primeira coisa que faço é ver o que precisam. Nem tenho outra hipótese. Quando abro a porta do quarto lançam-se a mim, correm por tudo que é canto, vão até à cozinha, a um ritmo aluciante e ando eu que nem zombie a tactear as coisas e pronta para a loucura de outro dia.
20/06/07
A ratazana do esgoto
Ratazana do esgoto, é um nome muito especial e que foi dado pelo meu irmão ao nosso gato. Acho a conjugação desses dois nomes brutalmente sugestiva de uma pessoa em causa, com a qual já trabalho há alguns anos. Foram-lhe atribuídas outras designações como toupeirinha, burro vestido, mas pessoalmente ratazana do esgoto para mim é a melhor. Vpu descrevê-lo. Cabelo desalinhado que nalguma música pop norte-americana poderia remeter para um jovem muito atraente mas aqui caracteriza alguém muito… desinteressante. O cabelo anda regra geral oleoso e com caspa em estado crónico, quase flocos de cereais. Os olhos são tão pequenos e próximos do nariz que lembram uma toupeirinha, aqui está um outro animal. Eu trabalho no zoo, começam a desconfiar, mas está perto disso. A pele é esburacada. E aqui surgem várias hipóteses, acne até idade adulta, bexigas, varicela ou simplesmente, uma tez muito… imperfeita e oleosa. O nariz é bem grande e desproporcional ao resto dos elementos do rosto. Mas quando se é feio, é por alguma razão. O pescoço é curto o que torna movimentos como um simples virar da cabeça muito ridículos. Destacaria ainda neste espécimen a proeminente barriga que em muito se assemelha na postura e perfil da sua silhueta a um kanguru, que neste caso deve transportar, no mínimo várias dezenas de juniores. Guarda-roupa, nem vou comentar. Um simples apontamento. Ainda vive segundo os modelitos da década de 80, casacos com botões dourados e de trespasse, conjugados com pullovers e sapatinhos de cinderela, estilo pontiagudo.
As minhas reuniões
Eu adoro as minhas reuniões de agenda, saio de lá frustradíssima com tanta imbecilidade. O elenco é constituído pelos feios, porcos e maus e pelos quase autistas. Porquê? O meu grande receio é que um dia o meu cérebro desista de manter os vários milhares de neurónios e que se resigne a ser fatalmente um objecto inanimado. Pois a única opção seria mesmo levar uma anestesia geral. Mas como me manteria com um olhar atento e interessado. Complicado. Fala-se, fala-se e diz-se tão pouco. Cansa-me a submissão, uma certa resignação de que as coisas são como são e não podem ser mudadas. Perturba-me o serem incorrectos e agressivos para com as pessoas e já nem digo injustos, porque isso nem se questiona. Cansa-me fingir que os ouço e que “concordo” com eles. Mas se faço contrário é um estímulo para perseguir e humilhar
Estas reuniões servem apenas para estimular o ego do boss – a nossa ratazana do esgoto, um petit nom que lhe atribuímos - e o outro, o El Toureiro. Tudo para que se sintam muito machos e dominadores. Quem é esperto e diz coisas acertadas. Eles. Quem é que tem ideias potencialmente geniais? Eles. Quem se auto-elogia várias dezenas de vezes por minuto, el Toureiro. Quem tem tosse irritativa e deixa rasto de caspa enquanto fala? O patrãozinho. Quem diz uma coisa uma semana e noutra já não se lembra? Eles. Quem tem a mania que é amigo de toda a gente? Eles. Quem faz tudo? Eles. Quem não sabe nada? Nós.
Estas reuniões servem apenas para estimular o ego do boss – a nossa ratazana do esgoto, um petit nom que lhe atribuímos - e o outro, o El Toureiro. Tudo para que se sintam muito machos e dominadores. Quem é esperto e diz coisas acertadas. Eles. Quem é que tem ideias potencialmente geniais? Eles. Quem se auto-elogia várias dezenas de vezes por minuto, el Toureiro. Quem tem tosse irritativa e deixa rasto de caspa enquanto fala? O patrãozinho. Quem diz uma coisa uma semana e noutra já não se lembra? Eles. Quem tem a mania que é amigo de toda a gente? Eles. Quem faz tudo? Eles. Quem não sabe nada? Nós.
19/06/07
Eu e as criancinhas
Hoje estava a ler um dos meus blogs favoritos que é o da Pipoca mais doce, passo a publicidade e li um texto dela sobre a sua relação com as criancinhas e fartei-em de rir. Gosto de crianças, muito provavelmente porque não convivo com regularidade com elas, mas tenho plena noção que criar uma criança deve ser muito desgastante, nomeadamente quando eles começam a falar e pior, quando passam a dizer o que pensam. Fui já vitima de dois comentários de imensa crueldade por duas meninas em situaões distintas. Uma delas até parece anedota, mas é verdade. Ia eu no comboio quando uma miuda de 4 anos começa a meter conversa, dizendo olá, como te chamas. Respondo e pergunto o mesmo. E diz-me ela: porque tens os olhos pintados. Sorrio e digo - para ficar bonita. E ela - mas não estás, a sério que não estás. Se as coisas ficassem por aqui, tudo o problema é que ela repatiu N de vezes e a mãe envergonhada só lhe dizia cala-te e a mim apetecia-me meter num buraco ou então dizer - ouve lá ó chavala que percebes tu de cosmética? Mas fiz o meu sorrisinho amarelo. Recentemente encontrei uma vizinha minha mais a sua filha de 4 anos que se vira para mim e diz - bateste nos dentes? Tens os dentes esquisitos, metidos para dentro. Desta vez nem sorriso nem nada, espero contra-atacar quando os dela começarem a cair... já falta pouco. O que aprendi: não falar ou olhar sequer para uma criança de 4, porque provavelmente vem bomba da certa. Estou a pagar bem caro pelas minhas opiniões quando chavala, só pode...
Dias de chuva
Dias de chuva enlouquecem qualquer mulher, pois nunca sabem o que vestir, odeiam andar de guarda-chuva e de ficar encharcadas e porque às vezes até ficam todas esborratadas. Então se andamos em período pré-menstrual, a crise instala-se e os queixumes acumulam-se. No meu caso revelam-se num aumento de disparates por minuto. Aliás eu ando assim há já umas três semanas - suspirante pelo verão. Eu bem que exibo os meus bracinhos desnudados para ele vir de uma vez por todas. Lá fora ando de casaco para não parecer tola, mas sei que é difícil dissimular. Confesso que sou daquelas que adormece a pensar, “nem sei o que vestir amanhã” e acordo com essa ideia fixa. Indecisa ando durante meia hora enquanto lavo dentes e tomo banho a vasculhar o armário em busca de um milagre super fashion, que nunca aparece. E depois adormece ao som de temporal e trovoada é apanágio de uma noite de sono de muitos pesadelos. Eu hoje revirei-me 250 vezes na cama e lembro-me de quase todos os disparates que me passaram pela cabeça, pois acordava sempre tipo genérico de filme.
15/06/07
Estive a reflectir
De facto, o El Toureiro deve ser um homem de pensamentos doces e apaziguadores e possuidor de uma enorme vontade de estar próximo dos seus semelhantes… femininos. Agora precisava de banda sonora com violinos e flauta para dar um quê dramático. Nah… Não convence. A criatura raciocina com a cabecita lá de baixo e apesar da que está lá em cima dos ombros falar e dar a cara, é a outra que manda e dá todas as ordens. Existe o El Toureiro e a versão padrinho do dito cujo, portanto conhecendo a versão cinematográfica da trilogia baseada na obra do Mário Puzo, tenho de ser muito mas muito cuidadosa.
Não percebem do que estou a falar? Deveriam ter lido os textos anteriores. Gente preguiçoZZZZZa...
Não percebem do que estou a falar? Deveriam ter lido os textos anteriores. Gente preguiçoZZZZZa...
Tudo que deves saber sobre El Toureiro
El Toureiro é um homem que não pode ver uma fulana com menos de 30 com uma aparência saudável que começa em escassos minutos a “uivar tresloucado”, manifestando sinais verbais e não verbais do seu interesse lascivo. A postura é mesmo a de um toureiro, pronto a lançar as suas bandarilhas sobre a vítima que em nada parece um touro, mas que foge dele a sete pés. Todos os cuidados são poucos. Uma regra importantíssima, não andar à frente dele, pois o indivíduo fica a apreciar e a comentar o perfil sem pudores. Outra dica, não nos chegarmos muito próximo pois pode ser considerado sinal de aprovação ao potencial ataque. Refira-se que ele aproveita todos os deslizes para se chegar mais um pouco. E quando ele cumprimenta, temos que afastarmo-nos logo a seguir, pois pode querer dar um breve abraço e isso foi a fórmula encontrada para espreitar para a zona dos peitorais. Ele é muito criativo, apesar das golas altas das camisolas e dos cachecóis que exibimos fica absorto nos seus íntimos pensamentos. Provavelmente contemplando apenas o tecido, eu é que sou uma perfída menina.
Mais coisas sobre El hombre fatal
O El Torreiro é surdo que nem uma porta, mas tem visão compensatória, tipo raio X o que, na maioria das vezes, é assustador porque detecta a presença de qualquer pequeno nicho de pele exposta a vários metros de distância. Às vezes até parece que lança os olhos como se fossem boomerangs tal é o espasmo. Uma vez numa reunião mal viu a entrar na sala uma colega nossa começou a fazer sinais com as mãos, simulando ter uns binóculos. Na altura até pensamos que enlouquecera, ou então que estivesse a imitar o Mrs Bean. Depois percebemos que seria porque essa doidivanas estava com um top levemente decote. Aliás, aquilo nem era um decote, mas como se via um pouco de pele e dava para perceber a forma dos seios, o que para ele já era motivo suficiente de excitação e de festança. Que deslize, trazer esse tipo de vestuário num dia em que é suposto ele passar pelo escritório... Doidas, doidas… Mas mesmo que vestíssemos uns sacos de batata ou roupa de grávida ele ficaria perturbadíssimo, estou certa. Aliás, é frequente interromper as reuniões para dar uma opinião sobre a aparência de alguém na sala ou fora dela. E se falta algum elemento da empresa refere-se à pessoa em falta por alguma característica física. A grandalhona onde está e a outra grande e a pequenita? Isto claro, acompanhado de gestos que se referem aos peitorais ou à bunda.
Como é El Toureiro?
Bem… o homem que deve estar muito próximo dos 60, mas aparentar sem mancha de dúvida 80 já teve cabelo um dia, agora restam apenas fiapos brancos. Tem apenas oito dentes e quando ri consegue com facilidade exibir toda a dentição. Imaginem como é vê-lo almoçar ou jantar. É melhor não…. É egocêntrico e vaidoso, não há nada melhor do que ele, faz questão de o dizer muitas vezes para que ninguém se esqueça. E é uma pessoa que está longe de ser reservada, pois com regularidade fala da sua vida afectivo-sexual, contando pormenores das suas aventuras e centenas de namoradas. Ao que parece fazem fila. A criatura já vai no 4º casamento. Ele gosta de festanças. Confesso que nos rimos das suas descrições, tanto é o disparate. E muitas vezes, questionamo-nos até quem pode sequer dar-lhe um abraço, quanto mais ir para a cama com ele. Adiante…
El Toureiro, o homem fatal
Por sugestão da minha queridíssima leitora e admito que coleguita de trabalho, vou falar-vos de um homem muito especial do nosso local de trabalho a quem foi dado o nome de guerra, El Toureiro. Bem, na verdade, foi a alcunha que achamos que melhor definiria a criatura e o seu olhar de águia sedutora e sempre pronta ao ataque. E como é esse fulano misterioso que tem um nome que aspira ser de alguém portador de encantos sedutores. Calma, jovens. Respirem fundo. Conhecem a expressão “as aparências iludem”? Pois as expressões também. Ele não é bonito. Nada atraente. Aliás até é repugnante. Eu costumo de dizer que caso os especímenes masculinos com quem trabalho fossem os únicos GAJOS na face da terra, seria com toda a certeza lésbica. Aliás, até digo mais. Se eles - e um orangotango - fossem os únicos elementos do sexo masculino na Terra, com toda a certeza morreria de amores pelo mamífero felpudo.
Sugestão: Maldivas ou bater no chefe
Um amigo pergunta-me se estou preparada para o fim de semana. Jovens eu começo as minhas segundas a pensar naqueles dias fantásticos em que desligo literalmente o despertador à hora que quero. E aviso que ao domingo já estou a pensar no proximo week-end. Dá para ver a minha motivação laboral, certo. Isto é uma intensidade de emoções semanais que vocês nem sonham... Mas estava eu a falar desse meu amigo,a quem disse que precisava mesmo de uns momentos Zen. Isto de pagar quase tanto de mensalidade da casa como o nosso salário é tão fixe. Vocês nem imaginam, eu nem preciso de me preocupar é ter o dinheiro na conta e zás desaparece em escassos dias, conta da luz, seguros, gás, água... É preferível a ter de puxar pela cabecinha a pensar que compras extremamente importantes terei a fazer, sapatos , roupita nova, saídas, teatro, fins de semana na neve, coisas assim, primordiais mesmo. Bem eu cometi quatro loucuras materiais na minha vida que me custaram a fama de esbanjadora. Eu passo a enumerar, em saldo, há 7 anos comprei uma saia, uma camisola e um vestido do Luis Buchinho por 150 euros, total de compras. Um ano depois comprei um vestido de gala por 30 contos (150 euros), o que originou que todos me achem uma doidivanas consumista. Adiante... Perante a pergunta SE ESTOU PREPARADA PARA O FIM DE SEMANA, respondi que queria ter capacidade para bater palmas e ser transportada para as Maldivas. E o amigo diz que "em vez disso podes dás uma estalada ao teu boss, deve ter o mesmo efeito de relaxamento". HÁ gente estranha.Ele não conhece o meu boss, só pode... ou então tem fantasias muito estranhas. Comparar aquela areia branca de uma das muitas ilhas das Maldivas, aquela temperatura de pelo menos 35º graus na água onde me consigo com facilidade imaginar a boiar, aqueles bangalôs fantásticos, o cenário intenso de puro romantismo... já tou a visualizar o spot - o Paraiso existe. Quanto ao chefe, mau humor persistente, rouquidão e tosse crónica, pescoço curto que lhe dá ar ridiculo, sempre com caspa, pele completamente esburracada, etc, etc. Perante isto, digam-me como poderia eu abdicar da Fantasia Maldivas por um estalo, ou mesmo uma sova. Exigiria muito esforço, ficaria com as mãos doridas, nervosa e com material novo a nível de neurose para fim de semana. Não posso. Agora, se fosse colocada a hipótese de dar umas boas sapatadas no rabinho do Jared Leto ou no Alexandre Borges e entre outros mais. Aí sim, pensaria melhor. Eu faço "fight do" semanalmente e por mais saltos e piruetas e socos no ar, não sinto estimulo suficiente para desistir dessas férias fabulosas que ainda hei-de desfrutar. Quiçá com o Jared Leto, a cantar The Kill, para mim versão acústica. Muito apropriado, eu sei que sim.
Queria tanto ser assim... optimista
Fui espreitar um blog de um amigo http://turmaelegante.blogspot.com/ e encontrei uma estória bem engraçada sobre a diferença entre o pessimismo e o optimismo. Ora leiam lá:
"Era uma vez... pois, todas as histórias começam assim. Então, era uma vez... um pai que ofereceu uma prenda a cada um dos seus dois filhos: ao Aníbal, que era pessimista, ofereceu uma bicicleta; ao Zeferino, que era optimista, ofereceu um balde cheio de bosta de cavalo. A páginas tantas, os dois filhos trocaram algumas impressões sobre as referidas prendas. "Ó Zefa, olha – revelou o pessimista –, o pai deu-me uma bicicleta. Vai ser uma chatice do caral**: eu gosto de sacar umas éguas com a bicicleta e tal, 'tás a ver, ali nas escadas do parque... provavelmente, um destes dias, se o salto correr mal, poderei bater com a tromba no chão e morrerei. Ah!, e se não morrer, tenho que fechar a bicla a sete chaves, na garagem, não vá a seita do Paulão tentar roubar a bicicleta... Dasssse, é só chatices!... E a ti, o que é que o pai deu?". Posto isto, com um sorriso de orelha a orelha, Zeferino, o optimista, rematou: “O pai foi muito fixe comigo. Foi! Deu-me um cavalo"
LOL, LOL. Não te deu nada ó trengo. Upsss, desculpem :)Eu acho que não deu, mas cada maluquinho...
"Era uma vez... pois, todas as histórias começam assim. Então, era uma vez... um pai que ofereceu uma prenda a cada um dos seus dois filhos: ao Aníbal, que era pessimista, ofereceu uma bicicleta; ao Zeferino, que era optimista, ofereceu um balde cheio de bosta de cavalo. A páginas tantas, os dois filhos trocaram algumas impressões sobre as referidas prendas. "Ó Zefa, olha – revelou o pessimista –, o pai deu-me uma bicicleta. Vai ser uma chatice do caral**: eu gosto de sacar umas éguas com a bicicleta e tal, 'tás a ver, ali nas escadas do parque... provavelmente, um destes dias, se o salto correr mal, poderei bater com a tromba no chão e morrerei. Ah!, e se não morrer, tenho que fechar a bicla a sete chaves, na garagem, não vá a seita do Paulão tentar roubar a bicicleta... Dasssse, é só chatices!... E a ti, o que é que o pai deu?". Posto isto, com um sorriso de orelha a orelha, Zeferino, o optimista, rematou: “O pai foi muito fixe comigo. Foi! Deu-me um cavalo"
LOL, LOL. Não te deu nada ó trengo. Upsss, desculpem :)Eu acho que não deu, mas cada maluquinho...
Qual a diferença?
Logo pela manhã deu-se um nó no meu cérebro. Como? Tudo graças ao acesso de informações complexas aquando do despertar matinal, isto é, momentos que ocorrem pouco depois de ligar o computador e dar uma vista de olhos pelas notícias do dia. Então leio finalmente qual foi a piada que o fernando Charrua disse sobre José Sócrates e que lhe valeu um processo disiciplinar. Ao que parece – e segundo o artigo publicado no Jornal de Notícias - o que Charrua disse foi "Estamos num país de bananas, governados por um 'f. da p.' de um primeiro-ministro". Mas a DREN apresenta uma segunda versão, que consta do despacho de acusação e que diz: "Somos governados por uma cambada de vigaristas e o chefe deles todos é um 'f. da p”. Muito diferente.Por favor há alguém que me possa explicar a diferença. Isto é uma frase insultuosa, certo? Não é piada, pois não? Banana é menos grave que vigarista, claro é… e isto é uma piada? Ainda estou a pensar, ele tem um processo disciplinar por causa de uma piada. A mim parece um "desabafo" daqueles que se tem quando se está mesmo fulo com o chefe. São desvarios proferidos a longa distância para que a criatura insultada nem sonhe que até pensamos algumas coisinhas menos agradáveis a seu respeito. Mas ao que parece não foi mantida a distância necessário e afinal havia um bufo...Fica um conselho ao Charrua, muda de amigos e de piadas. Primeiro, porque eles vão logo contar à chefe e não convém mesmo nada, depois porque isso que disseste não é engraçado, a sério que não é.
14/06/07
A Gaivota XXX e eu
Bem não vou dizer o nome da gaivota, pois desse modo descobririam a minha identidade. Mas junto ao escritório é frequente ouvirem-se gaivotas, pois elas têm o hábito de estarem em grupo num dos telhados das redondezas. E muito frequentemente a azáfama do meu quotidiano é interrompido pelo barulho delas, nomeadamente uma, a quem a minha coleguita de gabinete e atrevo-me a dizer amiga (mas como???) lhe deu o meu nome. Às vezes até nos rimos por essa razão. Somos super divertidas, é isso que estão apensar, só pode. Mas é hilariante estar a ouvir aquele som irritante que dura parece uma eternidade. Então quando a ouvimos, a gaivota XXXX, já sabemos de quem se trata. E como é ela? Faz barulho que se farta, quase um monólogo, passa a vida a esvoaçar, enfim tchau silêncio quando ela dá um "quê" da sua graça. Mas eu até consigo estar caladita alguns momentos. Por exemplo, quando estou afónica (raríssimo, infelizmente para as minhas compinchas de trabalho), muito mal disposta (mas mesmo assim dura pouco a ausência de palavras e opiniões), quando vou ao wc (desloco-me geralmente em silêncio), no intervalo de almoço e nas minhas ausências. Ahhh e quando estou no msn, aí teclo descompassadamente com várias pessoas em simultâneo. É o momento recreio das minhas coleguitas de trabalho, a loira, a morena e a assim-assim.
Dia vegetal
É sentires que podes ser uma enxada e afinal... és uma alface. É não fazeres nada o dia todo e teres aquele arzinho todo fresco e airoso, porque de facto não fizeste nenhum.
Descubra o sapo que há dentro de si
Ok, o titulo é estranho e suspeito, mas existe uma ou várias explicações. Ultrapassada essa questão, afirmo com todos os dentes que tenho na boca que até um crocodilo tem problemas de identidade. Este blog não irá falar especificamente destes bicharocos. E porquê este título? Primeiro achei giro e isso é sempre uma boa justificação na falta de melhor, depois reflecte o pouco do objectivo que estipulei para este espaço. Quero que seja um lugar de partilha de alguns episódios quotidianos que poderão levar aos comuns dos mortais a uma certa preocupação e a mim especificamente às lágrimas intercalados com delirios paranoicos e pontualmente alguns laivos de humor. Sei que umas consultas a um psicólogo resolviam o problema, mas estando o país em crise e eu aqui tão perto, sinto na veleidade de partilhar o espírito e de me conter nesses gastos supérfluos. Sei que um dia descobrirei a sapa que existe dentro de mim, até lá irei escrevendo.
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