Eu adoro as minhas reuniões de agenda, saio de lá frustradíssima com tanta imbecilidade. O elenco é constituído pelos feios, porcos e maus e pelos quase autistas. Porquê? O meu grande receio é que um dia o meu cérebro desista de manter os vários milhares de neurónios e que se resigne a ser fatalmente um objecto inanimado. Pois a única opção seria mesmo levar uma anestesia geral. Mas como me manteria com um olhar atento e interessado. Complicado. Fala-se, fala-se e diz-se tão pouco. Cansa-me a submissão, uma certa resignação de que as coisas são como são e não podem ser mudadas. Perturba-me o serem incorrectos e agressivos para com as pessoas e já nem digo injustos, porque isso nem se questiona. Cansa-me fingir que os ouço e que “concordo” com eles. Mas se faço contrário é um estímulo para perseguir e humilhar
Estas reuniões servem apenas para estimular o ego do boss – a nossa ratazana do esgoto, um petit nom que lhe atribuímos - e o outro, o El Toureiro. Tudo para que se sintam muito machos e dominadores. Quem é esperto e diz coisas acertadas. Eles. Quem é que tem ideias potencialmente geniais? Eles. Quem se auto-elogia várias dezenas de vezes por minuto, el Toureiro. Quem tem tosse irritativa e deixa rasto de caspa enquanto fala? O patrãozinho. Quem diz uma coisa uma semana e noutra já não se lembra? Eles. Quem tem a mania que é amigo de toda a gente? Eles. Quem faz tudo? Eles. Quem não sabe nada? Nós.
20/06/07
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