29/06/07

I feel good - versão moi

Eu hoje sinto-me um pouco como a música de James Brown, aquela do "I feel good, I knew that I would now, I feel good, I knew that I wouldn't of, So good, so good". Até me imagino a dar aqueles bwerrinhos estridentes e a fazer aquele jogo de ancas. O que parecia improvavél aconteceu: estou de malas aviadas para uma nova fase da minha vida, um novo emprego, uma nova actividade e um caminho novo para percorrer.DESPEDI-ME e segunda-feira já não estarei cá. Sinto acima de tudo um enorme alívio em deixar este emprego. Esta semana foi a mais longa da minha vida, pois o meu director fez questão de me irritar de hora a hora com os seus berros estridentes chamando-me à sala dele,ora que lhe tinha de o indeminizar, ora dizendo que não me pagava salário, ora que pagava, ora que era desleal em sair assim de repente como se fosse mãe das minhas colegas e que se alguma tragédia iria acontecer. às vezes, lá me chamava para simplesmente me desejar boa sorte e que só depois quando viesse de férias acertava contas. Depois de muito avanço e recuo em negociações que quase pareciam um relato futebolístico, acertamos contas e ele em despedida muito nervoso quase chorou, mas voltou à carga insistindo que lhe dissesse para onde ía. Confesso que fiquei sensibilizada com a emoção dele, um homem da idade a chorar é quase raro. Será sempre uma incógnita se patrãozinho se emocionou de raiva (ressabiado) ou se por ter consciência que perdeu uma boa funcionária. Mas isto pensei eu porque os meus neurónios estavam exuastos da semana atribulada. De regresso a casa e pós um banho de imersão, reflecti e quase que me apetecia dar-me uma auto-sova pela imbecilidade, mas achei muito esquiso e potencialmente revelador de algum desequilibrio mental. Nunca saberei e confesso que pouco me importa agora. Verdade é que após aquele momento lamechas ainda me passou a tola ideia de lhe escrever um email, mas passou rápido . Vieram-me à memória os comentários depreciativos, o meu salário fantástico e acima de tudo as palavras de incentivo que sempre me deu, ou seja, nenhumas. Vou ter saudades da criançada do escritório e sei que elas vão sentir falta das minhas gargalhadas estridentes, de dar a minha opinião mesmo que não tivessem o minímo interesse em saber, do meu sentido de humor super estúpido, da acumulação de papéis na minha mesa e gavetas que ainda hoje a esvaziá-las nem sei porque e como guardei tanta porcaria. São oito anos que levo comigo, isto soa mal, mas custa um pouco esvaziar as gavetas e ver tudo vazio. E apesar de algumas lágrimas partilhadas aqui com a minha partnaire de sala, sei que fiz a opção acertada. Não vou conseguir escrever (aqui no blog) textos todos os dias , mas prometo manter regularidade.

1 comentário:

Anónimo disse...

Parabéns. Tens mesmo é que pensar assim. Agora vida nova e pensamento positivo. Beijinhos
Xana