29/06/07
I feel good - versão moi
Eu hoje sinto-me um pouco como a música de James Brown, aquela do "I feel good, I knew that I would now, I feel good, I knew that I wouldn't of, So good, so good". Até me imagino a dar aqueles bwerrinhos estridentes e a fazer aquele jogo de ancas. O que parecia improvavél aconteceu: estou de malas aviadas para uma nova fase da minha vida, um novo emprego, uma nova actividade e um caminho novo para percorrer.DESPEDI-ME e segunda-feira já não estarei cá. Sinto acima de tudo um enorme alívio em deixar este emprego. Esta semana foi a mais longa da minha vida, pois o meu director fez questão de me irritar de hora a hora com os seus berros estridentes chamando-me à sala dele,ora que lhe tinha de o indeminizar, ora dizendo que não me pagava salário, ora que pagava, ora que era desleal em sair assim de repente como se fosse mãe das minhas colegas e que se alguma tragédia iria acontecer. às vezes, lá me chamava para simplesmente me desejar boa sorte e que só depois quando viesse de férias acertava contas. Depois de muito avanço e recuo em negociações que quase pareciam um relato futebolístico, acertamos contas e ele em despedida muito nervoso quase chorou, mas voltou à carga insistindo que lhe dissesse para onde ía. Confesso que fiquei sensibilizada com a emoção dele, um homem da idade a chorar é quase raro. Será sempre uma incógnita se patrãozinho se emocionou de raiva (ressabiado) ou se por ter consciência que perdeu uma boa funcionária. Mas isto pensei eu porque os meus neurónios estavam exuastos da semana atribulada. De regresso a casa e pós um banho de imersão, reflecti e quase que me apetecia dar-me uma auto-sova pela imbecilidade, mas achei muito esquiso e potencialmente revelador de algum desequilibrio mental. Nunca saberei e confesso que pouco me importa agora. Verdade é que após aquele momento lamechas ainda me passou a tola ideia de lhe escrever um email, mas passou rápido . Vieram-me à memória os comentários depreciativos, o meu salário fantástico e acima de tudo as palavras de incentivo que sempre me deu, ou seja, nenhumas. Vou ter saudades da criançada do escritório e sei que elas vão sentir falta das minhas gargalhadas estridentes, de dar a minha opinião mesmo que não tivessem o minímo interesse em saber, do meu sentido de humor super estúpido, da acumulação de papéis na minha mesa e gavetas que ainda hoje a esvaziá-las nem sei porque e como guardei tanta porcaria. São oito anos que levo comigo, isto soa mal, mas custa um pouco esvaziar as gavetas e ver tudo vazio. E apesar de algumas lágrimas partilhadas aqui com a minha partnaire de sala, sei que fiz a opção acertada. Não vou conseguir escrever (aqui no blog) textos todos os dias , mas prometo manter regularidade.
25/06/07
Alone in the office
Hoje estou com a casa vazia. A minha criançada do escritório, está toda fora. E eu como uma mãe de filhos, doméstica, suspiro pelas crias imaginando se elas estarão bem. Como ultimamente a escassez de trabalho popula por estes lados, pesquisa sobre temas, leitura de jornais e revistas são uma constante. Sempre admiti ter estes momentos mortos que simplesmente abomino, morro de tédio. Mas não é que acontece sempre qualquer coisinha para pensar que há muita gente sem nada para fazer, assim como eu. Liga uma senhora para aqui para lhe dar um contacto como se trabalhasse numa central telefónica. E eu disse-lhe, ligue para o 118. E ela, mas a menina está aí tão perto não lhe custava nada tentar saber para mim. Tive mesmo para abandonar o meu sorriso exibicionista e perder a cabeça. Mas respirei pausadamente e lá lhe disse que ligasse para o 118, numero fantástico. Do outro lado, o amuo e a decepção reflectiram-se num monocórdico está bem. Então a criatura, queria que eu desligasse o telefone e voltasse a ligar-lhe para lhe arranjar um contacto. Sei… Coitadinha da senhora. Já que não tenho nada que fazer não custava nada. A sério, cada um. Lembrei-me doutra. Uma vez ligaram para aqui a perguntar se era do consultório XX e eu não. E a senhora, não minta, eu sei para onde estou a ligar. Provavelmente eu não sei onde é que trabalho – pensei eu, mas não disse. Poderia ser o início de um bate-boca infernal. Depois de alguma insistência lá se concluiu que se tinha enganado no número, fiquei aliviada. Afinal não é num consultório que eu trabalho.
Fim-de-semana de sono
Não é erro de português, foi mesmo um fim-de-semana em que pus o sono em dia, de forma moderada para não me habituar às horas extra na cama, e em que estive a ordenar a minha cabeça a nível de prioridades. Sim, corro riscos que a minha vida dê 180º graus novamente ou que fique simplesmente estagnada e tenho de me preparar. Há quem faça balanços no final do ano, eu prefiro reflectir quando os acontecimentos se acumulam desordenadamente como uma secretária desorganizada que não consegue pôr ordem à papelada. E na minha vida isso é frequente acontecer, tudo ou nada. O mais ou menos passa ao lado ou simplesmente não me apercebo. Nada é perfeito, que bom. E está para breve a loucura, em que fico tonta desta minha cabeça como se tivessa andado numa montanha-russa tendo-me esquecido de colocar o cinto. E eu, uma das mais imperfeitas especímenes femininas, mas que no seu conjunto sou mesmo ESPECTACULAR decidi dar o meu testemunho de... Pressinto que depois desta frase, a expressão convencida vai ficar incrustada no meu nome para todo o sempre. Como tal, para quê adiar um fim-de-semana só comigo mesmo? Resultado desta minha pausa? Hoje, estou com um sorriso enorme daqueles que provoca inveja alheia. Que fiz eu? Voltei a adiar uma das minhas tarefas domésticas favoritas (isto é o mais puro dos sarcasmos) – passar a ferro (o que me faz sempre sentir uma traquinas, ok, preguiçosa, ok desleixada mesmo) e optei por cozinhar pratos deliciosos – tortilha, peixe assado no forno com maçã e massa chinesa com vegetais, em diferentes refeições, claro. Tomei um banho de imersão onde fiquei literalmente demolhada durante meia hora. Fiz esfoliação – rosto/ corpo – e coloquei máscara no cabelo. Vi montes de DVD’s, quase devorei um livro, não no sentido literal. Calma. Senti-me bem mais leve – soa mal, mas foi como me senti - apesar de estar naquela fase tenebrosa de quando vem a tal coisa a quem dão vários nomes e cuja publicidade é sempre alegre e não deveria mesmo ser… E apesar da dor de cabeça, de ter rejeitado três potenciais Festas Sanjoaninas, senti que já há muito não tinha um fim de semana assim – relaxante mesmo, com a melhor companhia possível – eu mesma. Só assim poderei estar preparada para a outra melhor companhia possível. Quem? Ele mesmo...
22/06/07
São João... bah
Não gosto muito da festa de S. João. Porque é uma noite chata e em que toda a gente anda histérica de um lado para outro, com um alho-porro na mão e martelo a exorcizar stresses e frustrações. Eh pá. Assim não me distingo, passo a fazer parte de uma massa indiferenciada com um arzinho tresloucado. A sério, experimentem analisar friamente as expressões do pessoal que anda a fazer o percurso Avenida dos Aliados, Ribeira-Foz e digam-me qualquer coisinha. Sei que vão dizer alegria. Bah, é muito vinho e cerveja naquele corpo que provoca aquele ar de boa disposição. E como é que pode? Com tanta martelada, aperto, calcadelas, cheiro pavoroso de sardinha assada, dizer que se passou uma boa noite. Eu tentei por várias vezes, anos, fazer a experiência de me divertir no S. João e foi piorando. E chega a uma altura em que é preciso dizer basta e arranjar novas opções para a data. Vou contar algumas das minhas experiências. Numa delas optei mesmo por beber grandes quantidades de bebidas alcoólicas para não sentir frio ou o cansaço típico de quem está horas ininterruptas a andar. Regra geral acabava sempre por “virar o barco”, algures no percurso e daí vinha a ladainha das lamentações. Depois houve anos em que decidi estar a noite lúcida, nada de bebidas ludibriantes, mas era uma grande seca e por vezes mesmo assustador. Ela ver gente quase a atirar-se ao rio, a martelar descompassadamente as cabeças como se tivessem num concurso “quem dá mais pancadas por minuto”. Outros seres animalescos que aproveitavam para rondar jovens indefesas e dar-lhes uns valentes apalpões enquanto davam marteladas. E apesar de ter boa companhia nestes doidos percursos, ora grupo de amigos, com algum espécimen masculino para ajudar nas situações complicadas, mas nunca ajudava muito, ou mesmo namorado que seria o potencial defensor de todas atrocidades. Verdade seja dita, o resultado era sempre o mesmo, uma noite mal passada. Aquela frustração de não me ter divertido. O pior ano, foi há 10 anos, andava eu na Faculdade. Xiii, sei, tenho idade avançada, mas olhem que não. Nesse ano, acabei a madrugada quase a manhã, na praia da Luz a fumar um cigarrito enquanto tentava dançar, quando vindo do nada, um espertalhão, lança um martelo enorme que me vai bater literalmente no rosto. Fiquei possessa, fui lançada em direcção ao rapaz e bati-lhe tanto com o martelo que ele fugiu de mim. Os meus coleguitas e companheiros dessa fatídica noite, ficaram assustados. Até eu. Quase que me candidatei a levar um enfardamento. O que como pessoas bravas e destemidas nos fez em escassos segundos, acelerar o passo fora dali. Mas eu fui o caminho todo a remoer que o outro me iria encontrar e que não deveria estar bem da cabeça. Mas depois de fazer o percurso Ribeira Foz, duas vezes e de desejar desesperadamente deitar-me e ressonar algures, não era para menos. Mas para acabar/ iniciar em beleza o dia deste santo padroeiro, apercebi-me que apanhei pulgas pois estava toda cheia de picadelas e borbulhas e com muita comichão. Refira-se que ainda matei uma rechonchuda cheia de sangue. Moral da estória? Não posso sair na noite de 23 para 24 de Junho, pois corro sempre sérios riscos de enlouquecer. E que vou fazer em 2007, nessa noite fantasmagórica de muito alho-porro e martelo psicopata? Nem queiram saber… Aliás saberão no próximo comentário, caso seja possível publicar sem riscos de censura.
Pergunta estúpida - um desabafo
Eu acho que se fossem atribuídos óscares às perguntas mais estúpidas em final de entrevista eu teria ganho já muitos e os meus rivais com cara de tédio, já saberiam que a feliz contemplada sesria eu mesma. Na volta, até concorri com mais do que um disparate, logo com uma vantagem acrescida sobre eles. O que me aconteceu? Aqui vai o desabafo. Ontem depois de uma entrevista de quinze minutos, que fiz render ao máximo, pois já não sabia o que perguntar mais, dou por concluída a conversa com a minha já célebre frase - julgo que tenho todos os elementos necessários, muito obrigada. Até aqui, tudo bem, não fosse a perguntar estúpida pós um cumprimento que quase resultou num apalpão frontal ao tal médico. Entra-se no consultório dá-se um passou bem, depois de quinze minutos de conversação já é beijinho. Não percebo, adiante. E a pergunta foi - por curiosidade, digo eu - uma pessoa que tenha um implante de silicone pode amamentar? O médico ficou estupefacto como se tivesse levado com um balde de água. Tanta coisa a dizer e saiu-me aquilo. Não acham uma questão bem estúpida? Eu acho terrivel. Então estive a falar com ele sobre cirurgias plásticas, o que era mais frequente fazer-se e o que preocupava mais as mulheres e respectivas contra-indicações e saio-me com aquela. E depois ainda senti um olhar sobre os mamilos. Porque parecia mesmo uma pergunta pessoal e mesmo desaquada. De jovem que até colocou questões pertinentes, passei a jovem das perguntas "parvas". Se o que me levou lá foi o tema - pode-se ser belo depois dos 40/ 50 anos, como? Para quê falar em amamentação? Tive vontade de fazer buraco no meio da sala e esconder-me ou então tele-transportar-me. Aliás, o que me deu mesmo vontade, foi fazer um "rebobinar" da situação, mas não dá infelizmente para o fazer. Ainda bem que a estupidez e o disparate não são contagiosos, caso contrário já teria contaminado muita gente.
Conversas de sala de espera
Não há nada como ficar numa sala de espera de um famoso cirurgião plástico à espera duas ou 3 horas. O ego fica obesamente rechonchudo e posteriormente em choque. Aqui a jovem de pele de porcelana (eu mesma) foi confundida com uma paciente. No meio daqueles rostos todos inchados e sem expressão e de um nariz que apesar de me terem garantido que antes tinha o dobro do tamanho me parecia mesmo assim desmesurado. Primeiro via-se o nariz em grande destaque e depois atrás mesmo escondido o rosto. Ao que parece, depois fica normal. Será que fica mesmo? E vai ficar quatro vezes mais pequeno? Esperemos que sim, caso contrário continua assustador. Só para visualizarem o dito, para tirar um macaquinho daquele nariz, poder-se-ia colocar dois dedos num dos orifícios sem dificuldade no auxílio da tarefa…Horrorizados? Imaginem eu? Tive três horas a folhear revistas para não ter de olhar para a senhora. Estava lá uma equipa de jornalistas da TVI por causa daquele programa da Júlio Pinheiro que mudam o visual das pessoas, de monstro a princesa. Mas também estava um outra paciente dondoca que não parava de massajar o rosto e lamuriando-se que estava inchada. E eu a ficar em colapso de stresse daqueles tiques todos e do repetitivo queixume. Enquanto esperavam e para passar tempo, perguntaram-me por duas vezes, há quanto tempo tinha feito a plástica pois estava óptima. Fez-se uma pausa no meu cérebro. Tipo, o que é que isto quer dizer? Primeiro senti vaidade, pensei que bom, tenho a pele um luxo. Mas depois seguiu-se a preocupação, pareço eu uma cota que fez plástica. Não pode. Acabei por dizer que estava lá para entrevistar o cirurgião e falei um pouco da minha reportagem. Há que despachar a coisa e afastar ideias tolas, pois elas montam logo tenda. Inibidas as minhas potenciais entrevistadas não admitiram que o envelhecimento as preocupava. Uma delas, até me disse eu estava óptima, são manias. Pois, pois. Há quem coma chocolates, roía as unhas, fume, faça compras compulsivamente e tu tens a mania das plásticas. Mas só foi uma vez, nunca mais. Continua ela ninguém me dá 56 e saca do BI para mostrar o antes. Aí eu pensei, o Photoshop é mesmo bom, excelentes retoques. Aquela foto – do ano passado – mostrava um rosto bem melhor que na actualidade. E lá menti eu – realmente não parece ter nada ter 56, mas sim 65, pensei eu. Lá fui chamada e entrei na sala para uma brilhante entrevista com a minha imaginária vassoura de bruxa má e o meu nariz de mentirosa piedosa.
21/06/07
Intensas manhãs ao despertar
Todas as manhãs é sempre a mesma coisa acordo quase sempre exausta, com uma cara de susto, mesmo muito pálida e uma vontade doida de fazer xixi. Não percebo como amrmazeno tanta urina, mas faço imenso de manhã. E o facto é estranho porque regra geral às 4h30 ou 5h meia sonâmbula e quase aos tropeções lá vou até à sanita ainda meia a dormir. Confesso que já pensei ter um penico no quarto para facilitar a tarefa, mas julgo que desengonçada como sou, ainda virava aquilo N de vezes e depois a própria imagem do pote dá-me calafrios, o cheiro no quarto. De regresso à cama - pós primeiro xixi da manhã - aterro literalmente no meu leito e retomo o sono. Desperto um pouco antes das 7h e antecipo-me ao som das noticias da TSF e dos vários ruídos da má sintonia do meu despertador. As minhas gatas apercebem-se que entretanto já não durmo e como são umas energéticas felinas, decidem dar o alarme - não vá eu adormecer - um ou dois minutos antes das 7. Fazem-no sempre com um irritante choramingar acompanhado de pancadas na porta, o problema é que ao fim-de-semana o filme repete-se.E assim são as minhas manhãs. Depois de lutar durante meia hora, de ficar só mais um bocadinho, mas outros 10 minutos, finalmente desisto e começa uma autêntica corrida contra o tempo. Tomar banho, vestir, fazer pequeno almoço ou levar algo para o escritório, verificar se a areia delas está limpa e se têm comida. Confesso que a primeira coisa que faço é ver o que precisam. Nem tenho outra hipótese. Quando abro a porta do quarto lançam-se a mim, correm por tudo que é canto, vão até à cozinha, a um ritmo aluciante e ando eu que nem zombie a tactear as coisas e pronta para a loucura de outro dia.
20/06/07
A ratazana do esgoto
Ratazana do esgoto, é um nome muito especial e que foi dado pelo meu irmão ao nosso gato. Acho a conjugação desses dois nomes brutalmente sugestiva de uma pessoa em causa, com a qual já trabalho há alguns anos. Foram-lhe atribuídas outras designações como toupeirinha, burro vestido, mas pessoalmente ratazana do esgoto para mim é a melhor. Vpu descrevê-lo. Cabelo desalinhado que nalguma música pop norte-americana poderia remeter para um jovem muito atraente mas aqui caracteriza alguém muito… desinteressante. O cabelo anda regra geral oleoso e com caspa em estado crónico, quase flocos de cereais. Os olhos são tão pequenos e próximos do nariz que lembram uma toupeirinha, aqui está um outro animal. Eu trabalho no zoo, começam a desconfiar, mas está perto disso. A pele é esburacada. E aqui surgem várias hipóteses, acne até idade adulta, bexigas, varicela ou simplesmente, uma tez muito… imperfeita e oleosa. O nariz é bem grande e desproporcional ao resto dos elementos do rosto. Mas quando se é feio, é por alguma razão. O pescoço é curto o que torna movimentos como um simples virar da cabeça muito ridículos. Destacaria ainda neste espécimen a proeminente barriga que em muito se assemelha na postura e perfil da sua silhueta a um kanguru, que neste caso deve transportar, no mínimo várias dezenas de juniores. Guarda-roupa, nem vou comentar. Um simples apontamento. Ainda vive segundo os modelitos da década de 80, casacos com botões dourados e de trespasse, conjugados com pullovers e sapatinhos de cinderela, estilo pontiagudo.
As minhas reuniões
Eu adoro as minhas reuniões de agenda, saio de lá frustradíssima com tanta imbecilidade. O elenco é constituído pelos feios, porcos e maus e pelos quase autistas. Porquê? O meu grande receio é que um dia o meu cérebro desista de manter os vários milhares de neurónios e que se resigne a ser fatalmente um objecto inanimado. Pois a única opção seria mesmo levar uma anestesia geral. Mas como me manteria com um olhar atento e interessado. Complicado. Fala-se, fala-se e diz-se tão pouco. Cansa-me a submissão, uma certa resignação de que as coisas são como são e não podem ser mudadas. Perturba-me o serem incorrectos e agressivos para com as pessoas e já nem digo injustos, porque isso nem se questiona. Cansa-me fingir que os ouço e que “concordo” com eles. Mas se faço contrário é um estímulo para perseguir e humilhar
Estas reuniões servem apenas para estimular o ego do boss – a nossa ratazana do esgoto, um petit nom que lhe atribuímos - e o outro, o El Toureiro. Tudo para que se sintam muito machos e dominadores. Quem é esperto e diz coisas acertadas. Eles. Quem é que tem ideias potencialmente geniais? Eles. Quem se auto-elogia várias dezenas de vezes por minuto, el Toureiro. Quem tem tosse irritativa e deixa rasto de caspa enquanto fala? O patrãozinho. Quem diz uma coisa uma semana e noutra já não se lembra? Eles. Quem tem a mania que é amigo de toda a gente? Eles. Quem faz tudo? Eles. Quem não sabe nada? Nós.
Estas reuniões servem apenas para estimular o ego do boss – a nossa ratazana do esgoto, um petit nom que lhe atribuímos - e o outro, o El Toureiro. Tudo para que se sintam muito machos e dominadores. Quem é esperto e diz coisas acertadas. Eles. Quem é que tem ideias potencialmente geniais? Eles. Quem se auto-elogia várias dezenas de vezes por minuto, el Toureiro. Quem tem tosse irritativa e deixa rasto de caspa enquanto fala? O patrãozinho. Quem diz uma coisa uma semana e noutra já não se lembra? Eles. Quem tem a mania que é amigo de toda a gente? Eles. Quem faz tudo? Eles. Quem não sabe nada? Nós.
19/06/07
Eu e as criancinhas
Hoje estava a ler um dos meus blogs favoritos que é o da Pipoca mais doce, passo a publicidade e li um texto dela sobre a sua relação com as criancinhas e fartei-em de rir. Gosto de crianças, muito provavelmente porque não convivo com regularidade com elas, mas tenho plena noção que criar uma criança deve ser muito desgastante, nomeadamente quando eles começam a falar e pior, quando passam a dizer o que pensam. Fui já vitima de dois comentários de imensa crueldade por duas meninas em situaões distintas. Uma delas até parece anedota, mas é verdade. Ia eu no comboio quando uma miuda de 4 anos começa a meter conversa, dizendo olá, como te chamas. Respondo e pergunto o mesmo. E diz-me ela: porque tens os olhos pintados. Sorrio e digo - para ficar bonita. E ela - mas não estás, a sério que não estás. Se as coisas ficassem por aqui, tudo o problema é que ela repatiu N de vezes e a mãe envergonhada só lhe dizia cala-te e a mim apetecia-me meter num buraco ou então dizer - ouve lá ó chavala que percebes tu de cosmética? Mas fiz o meu sorrisinho amarelo. Recentemente encontrei uma vizinha minha mais a sua filha de 4 anos que se vira para mim e diz - bateste nos dentes? Tens os dentes esquisitos, metidos para dentro. Desta vez nem sorriso nem nada, espero contra-atacar quando os dela começarem a cair... já falta pouco. O que aprendi: não falar ou olhar sequer para uma criança de 4, porque provavelmente vem bomba da certa. Estou a pagar bem caro pelas minhas opiniões quando chavala, só pode...
Dias de chuva
Dias de chuva enlouquecem qualquer mulher, pois nunca sabem o que vestir, odeiam andar de guarda-chuva e de ficar encharcadas e porque às vezes até ficam todas esborratadas. Então se andamos em período pré-menstrual, a crise instala-se e os queixumes acumulam-se. No meu caso revelam-se num aumento de disparates por minuto. Aliás eu ando assim há já umas três semanas - suspirante pelo verão. Eu bem que exibo os meus bracinhos desnudados para ele vir de uma vez por todas. Lá fora ando de casaco para não parecer tola, mas sei que é difícil dissimular. Confesso que sou daquelas que adormece a pensar, “nem sei o que vestir amanhã” e acordo com essa ideia fixa. Indecisa ando durante meia hora enquanto lavo dentes e tomo banho a vasculhar o armário em busca de um milagre super fashion, que nunca aparece. E depois adormece ao som de temporal e trovoada é apanágio de uma noite de sono de muitos pesadelos. Eu hoje revirei-me 250 vezes na cama e lembro-me de quase todos os disparates que me passaram pela cabeça, pois acordava sempre tipo genérico de filme.
15/06/07
Estive a reflectir
De facto, o El Toureiro deve ser um homem de pensamentos doces e apaziguadores e possuidor de uma enorme vontade de estar próximo dos seus semelhantes… femininos. Agora precisava de banda sonora com violinos e flauta para dar um quê dramático. Nah… Não convence. A criatura raciocina com a cabecita lá de baixo e apesar da que está lá em cima dos ombros falar e dar a cara, é a outra que manda e dá todas as ordens. Existe o El Toureiro e a versão padrinho do dito cujo, portanto conhecendo a versão cinematográfica da trilogia baseada na obra do Mário Puzo, tenho de ser muito mas muito cuidadosa.
Não percebem do que estou a falar? Deveriam ter lido os textos anteriores. Gente preguiçoZZZZZa...
Não percebem do que estou a falar? Deveriam ter lido os textos anteriores. Gente preguiçoZZZZZa...
Tudo que deves saber sobre El Toureiro
El Toureiro é um homem que não pode ver uma fulana com menos de 30 com uma aparência saudável que começa em escassos minutos a “uivar tresloucado”, manifestando sinais verbais e não verbais do seu interesse lascivo. A postura é mesmo a de um toureiro, pronto a lançar as suas bandarilhas sobre a vítima que em nada parece um touro, mas que foge dele a sete pés. Todos os cuidados são poucos. Uma regra importantíssima, não andar à frente dele, pois o indivíduo fica a apreciar e a comentar o perfil sem pudores. Outra dica, não nos chegarmos muito próximo pois pode ser considerado sinal de aprovação ao potencial ataque. Refira-se que ele aproveita todos os deslizes para se chegar mais um pouco. E quando ele cumprimenta, temos que afastarmo-nos logo a seguir, pois pode querer dar um breve abraço e isso foi a fórmula encontrada para espreitar para a zona dos peitorais. Ele é muito criativo, apesar das golas altas das camisolas e dos cachecóis que exibimos fica absorto nos seus íntimos pensamentos. Provavelmente contemplando apenas o tecido, eu é que sou uma perfída menina.
Mais coisas sobre El hombre fatal
O El Torreiro é surdo que nem uma porta, mas tem visão compensatória, tipo raio X o que, na maioria das vezes, é assustador porque detecta a presença de qualquer pequeno nicho de pele exposta a vários metros de distância. Às vezes até parece que lança os olhos como se fossem boomerangs tal é o espasmo. Uma vez numa reunião mal viu a entrar na sala uma colega nossa começou a fazer sinais com as mãos, simulando ter uns binóculos. Na altura até pensamos que enlouquecera, ou então que estivesse a imitar o Mrs Bean. Depois percebemos que seria porque essa doidivanas estava com um top levemente decote. Aliás, aquilo nem era um decote, mas como se via um pouco de pele e dava para perceber a forma dos seios, o que para ele já era motivo suficiente de excitação e de festança. Que deslize, trazer esse tipo de vestuário num dia em que é suposto ele passar pelo escritório... Doidas, doidas… Mas mesmo que vestíssemos uns sacos de batata ou roupa de grávida ele ficaria perturbadíssimo, estou certa. Aliás, é frequente interromper as reuniões para dar uma opinião sobre a aparência de alguém na sala ou fora dela. E se falta algum elemento da empresa refere-se à pessoa em falta por alguma característica física. A grandalhona onde está e a outra grande e a pequenita? Isto claro, acompanhado de gestos que se referem aos peitorais ou à bunda.
Como é El Toureiro?
Bem… o homem que deve estar muito próximo dos 60, mas aparentar sem mancha de dúvida 80 já teve cabelo um dia, agora restam apenas fiapos brancos. Tem apenas oito dentes e quando ri consegue com facilidade exibir toda a dentição. Imaginem como é vê-lo almoçar ou jantar. É melhor não…. É egocêntrico e vaidoso, não há nada melhor do que ele, faz questão de o dizer muitas vezes para que ninguém se esqueça. E é uma pessoa que está longe de ser reservada, pois com regularidade fala da sua vida afectivo-sexual, contando pormenores das suas aventuras e centenas de namoradas. Ao que parece fazem fila. A criatura já vai no 4º casamento. Ele gosta de festanças. Confesso que nos rimos das suas descrições, tanto é o disparate. E muitas vezes, questionamo-nos até quem pode sequer dar-lhe um abraço, quanto mais ir para a cama com ele. Adiante…
El Toureiro, o homem fatal
Por sugestão da minha queridíssima leitora e admito que coleguita de trabalho, vou falar-vos de um homem muito especial do nosso local de trabalho a quem foi dado o nome de guerra, El Toureiro. Bem, na verdade, foi a alcunha que achamos que melhor definiria a criatura e o seu olhar de águia sedutora e sempre pronta ao ataque. E como é esse fulano misterioso que tem um nome que aspira ser de alguém portador de encantos sedutores. Calma, jovens. Respirem fundo. Conhecem a expressão “as aparências iludem”? Pois as expressões também. Ele não é bonito. Nada atraente. Aliás até é repugnante. Eu costumo de dizer que caso os especímenes masculinos com quem trabalho fossem os únicos GAJOS na face da terra, seria com toda a certeza lésbica. Aliás, até digo mais. Se eles - e um orangotango - fossem os únicos elementos do sexo masculino na Terra, com toda a certeza morreria de amores pelo mamífero felpudo.
Sugestão: Maldivas ou bater no chefe
Um amigo pergunta-me se estou preparada para o fim de semana. Jovens eu começo as minhas segundas a pensar naqueles dias fantásticos em que desligo literalmente o despertador à hora que quero. E aviso que ao domingo já estou a pensar no proximo week-end. Dá para ver a minha motivação laboral, certo. Isto é uma intensidade de emoções semanais que vocês nem sonham... Mas estava eu a falar desse meu amigo,a quem disse que precisava mesmo de uns momentos Zen. Isto de pagar quase tanto de mensalidade da casa como o nosso salário é tão fixe. Vocês nem imaginam, eu nem preciso de me preocupar é ter o dinheiro na conta e zás desaparece em escassos dias, conta da luz, seguros, gás, água... É preferível a ter de puxar pela cabecinha a pensar que compras extremamente importantes terei a fazer, sapatos , roupita nova, saídas, teatro, fins de semana na neve, coisas assim, primordiais mesmo. Bem eu cometi quatro loucuras materiais na minha vida que me custaram a fama de esbanjadora. Eu passo a enumerar, em saldo, há 7 anos comprei uma saia, uma camisola e um vestido do Luis Buchinho por 150 euros, total de compras. Um ano depois comprei um vestido de gala por 30 contos (150 euros), o que originou que todos me achem uma doidivanas consumista. Adiante... Perante a pergunta SE ESTOU PREPARADA PARA O FIM DE SEMANA, respondi que queria ter capacidade para bater palmas e ser transportada para as Maldivas. E o amigo diz que "em vez disso podes dás uma estalada ao teu boss, deve ter o mesmo efeito de relaxamento". HÁ gente estranha.Ele não conhece o meu boss, só pode... ou então tem fantasias muito estranhas. Comparar aquela areia branca de uma das muitas ilhas das Maldivas, aquela temperatura de pelo menos 35º graus na água onde me consigo com facilidade imaginar a boiar, aqueles bangalôs fantásticos, o cenário intenso de puro romantismo... já tou a visualizar o spot - o Paraiso existe. Quanto ao chefe, mau humor persistente, rouquidão e tosse crónica, pescoço curto que lhe dá ar ridiculo, sempre com caspa, pele completamente esburracada, etc, etc. Perante isto, digam-me como poderia eu abdicar da Fantasia Maldivas por um estalo, ou mesmo uma sova. Exigiria muito esforço, ficaria com as mãos doridas, nervosa e com material novo a nível de neurose para fim de semana. Não posso. Agora, se fosse colocada a hipótese de dar umas boas sapatadas no rabinho do Jared Leto ou no Alexandre Borges e entre outros mais. Aí sim, pensaria melhor. Eu faço "fight do" semanalmente e por mais saltos e piruetas e socos no ar, não sinto estimulo suficiente para desistir dessas férias fabulosas que ainda hei-de desfrutar. Quiçá com o Jared Leto, a cantar The Kill, para mim versão acústica. Muito apropriado, eu sei que sim.
Queria tanto ser assim... optimista
Fui espreitar um blog de um amigo http://turmaelegante.blogspot.com/ e encontrei uma estória bem engraçada sobre a diferença entre o pessimismo e o optimismo. Ora leiam lá:
"Era uma vez... pois, todas as histórias começam assim. Então, era uma vez... um pai que ofereceu uma prenda a cada um dos seus dois filhos: ao Aníbal, que era pessimista, ofereceu uma bicicleta; ao Zeferino, que era optimista, ofereceu um balde cheio de bosta de cavalo. A páginas tantas, os dois filhos trocaram algumas impressões sobre as referidas prendas. "Ó Zefa, olha – revelou o pessimista –, o pai deu-me uma bicicleta. Vai ser uma chatice do caral**: eu gosto de sacar umas éguas com a bicicleta e tal, 'tás a ver, ali nas escadas do parque... provavelmente, um destes dias, se o salto correr mal, poderei bater com a tromba no chão e morrerei. Ah!, e se não morrer, tenho que fechar a bicla a sete chaves, na garagem, não vá a seita do Paulão tentar roubar a bicicleta... Dasssse, é só chatices!... E a ti, o que é que o pai deu?". Posto isto, com um sorriso de orelha a orelha, Zeferino, o optimista, rematou: “O pai foi muito fixe comigo. Foi! Deu-me um cavalo"
LOL, LOL. Não te deu nada ó trengo. Upsss, desculpem :)Eu acho que não deu, mas cada maluquinho...
"Era uma vez... pois, todas as histórias começam assim. Então, era uma vez... um pai que ofereceu uma prenda a cada um dos seus dois filhos: ao Aníbal, que era pessimista, ofereceu uma bicicleta; ao Zeferino, que era optimista, ofereceu um balde cheio de bosta de cavalo. A páginas tantas, os dois filhos trocaram algumas impressões sobre as referidas prendas. "Ó Zefa, olha – revelou o pessimista –, o pai deu-me uma bicicleta. Vai ser uma chatice do caral**: eu gosto de sacar umas éguas com a bicicleta e tal, 'tás a ver, ali nas escadas do parque... provavelmente, um destes dias, se o salto correr mal, poderei bater com a tromba no chão e morrerei. Ah!, e se não morrer, tenho que fechar a bicla a sete chaves, na garagem, não vá a seita do Paulão tentar roubar a bicicleta... Dasssse, é só chatices!... E a ti, o que é que o pai deu?". Posto isto, com um sorriso de orelha a orelha, Zeferino, o optimista, rematou: “O pai foi muito fixe comigo. Foi! Deu-me um cavalo"
LOL, LOL. Não te deu nada ó trengo. Upsss, desculpem :)Eu acho que não deu, mas cada maluquinho...
Qual a diferença?
Logo pela manhã deu-se um nó no meu cérebro. Como? Tudo graças ao acesso de informações complexas aquando do despertar matinal, isto é, momentos que ocorrem pouco depois de ligar o computador e dar uma vista de olhos pelas notícias do dia. Então leio finalmente qual foi a piada que o fernando Charrua disse sobre José Sócrates e que lhe valeu um processo disiciplinar. Ao que parece – e segundo o artigo publicado no Jornal de Notícias - o que Charrua disse foi "Estamos num país de bananas, governados por um 'f. da p.' de um primeiro-ministro". Mas a DREN apresenta uma segunda versão, que consta do despacho de acusação e que diz: "Somos governados por uma cambada de vigaristas e o chefe deles todos é um 'f. da p”. Muito diferente.Por favor há alguém que me possa explicar a diferença. Isto é uma frase insultuosa, certo? Não é piada, pois não? Banana é menos grave que vigarista, claro é… e isto é uma piada? Ainda estou a pensar, ele tem um processo disciplinar por causa de uma piada. A mim parece um "desabafo" daqueles que se tem quando se está mesmo fulo com o chefe. São desvarios proferidos a longa distância para que a criatura insultada nem sonhe que até pensamos algumas coisinhas menos agradáveis a seu respeito. Mas ao que parece não foi mantida a distância necessário e afinal havia um bufo...Fica um conselho ao Charrua, muda de amigos e de piadas. Primeiro, porque eles vão logo contar à chefe e não convém mesmo nada, depois porque isso que disseste não é engraçado, a sério que não é.
14/06/07
A Gaivota XXX e eu
Bem não vou dizer o nome da gaivota, pois desse modo descobririam a minha identidade. Mas junto ao escritório é frequente ouvirem-se gaivotas, pois elas têm o hábito de estarem em grupo num dos telhados das redondezas. E muito frequentemente a azáfama do meu quotidiano é interrompido pelo barulho delas, nomeadamente uma, a quem a minha coleguita de gabinete e atrevo-me a dizer amiga (mas como???) lhe deu o meu nome. Às vezes até nos rimos por essa razão. Somos super divertidas, é isso que estão apensar, só pode. Mas é hilariante estar a ouvir aquele som irritante que dura parece uma eternidade. Então quando a ouvimos, a gaivota XXXX, já sabemos de quem se trata. E como é ela? Faz barulho que se farta, quase um monólogo, passa a vida a esvoaçar, enfim tchau silêncio quando ela dá um "quê" da sua graça. Mas eu até consigo estar caladita alguns momentos. Por exemplo, quando estou afónica (raríssimo, infelizmente para as minhas compinchas de trabalho), muito mal disposta (mas mesmo assim dura pouco a ausência de palavras e opiniões), quando vou ao wc (desloco-me geralmente em silêncio), no intervalo de almoço e nas minhas ausências. Ahhh e quando estou no msn, aí teclo descompassadamente com várias pessoas em simultâneo. É o momento recreio das minhas coleguitas de trabalho, a loira, a morena e a assim-assim.
Dia vegetal
É sentires que podes ser uma enxada e afinal... és uma alface. É não fazeres nada o dia todo e teres aquele arzinho todo fresco e airoso, porque de facto não fizeste nenhum.
Descubra o sapo que há dentro de si
Ok, o titulo é estranho e suspeito, mas existe uma ou várias explicações. Ultrapassada essa questão, afirmo com todos os dentes que tenho na boca que até um crocodilo tem problemas de identidade. Este blog não irá falar especificamente destes bicharocos. E porquê este título? Primeiro achei giro e isso é sempre uma boa justificação na falta de melhor, depois reflecte o pouco do objectivo que estipulei para este espaço. Quero que seja um lugar de partilha de alguns episódios quotidianos que poderão levar aos comuns dos mortais a uma certa preocupação e a mim especificamente às lágrimas intercalados com delirios paranoicos e pontualmente alguns laivos de humor. Sei que umas consultas a um psicólogo resolviam o problema, mas estando o país em crise e eu aqui tão perto, sinto na veleidade de partilhar o espírito e de me conter nesses gastos supérfluos. Sei que um dia descobrirei a sapa que existe dentro de mim, até lá irei escrevendo.
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