18/12/07

Cheiros intensos

Todos nós já demos um peido na vida. Eu, pelo menos, quando abuso da lactose, sou ruidosa e hiper mal-cheirosa. Mas por questões sociais e a pensar nos outros controlo esses deslizes olfactivos e remeto-me a expandir essa necessidade em privado. É claro que quando algo se solta sem aviso prévio não há nada a fazer se não lamentar. E eu aviso, digo, "desculpem fui eu". Não sou daquelas que finge surpresa, estupefacção. O meu irmão, quando estava a estagiar com professor, enquanto passeava pela sala de aula, falando da matéria. Pedou-se ruidosa e malcheirosamente. O instinto de sobrevivência e a vergonha, fê-lo reagir de forma instintiva. Vira-se para um aluno e diz-lhe: "seu porco, como te atreves? E na sala de aula". O miúdo confuso, até ficou acreditar que tinha sido ele. O meu irmão às vezes é muito convicente.
Recentemente passou-se algo de muito vonstrangedor no ginásio. Pós uma aula de pilates, fui fazer uns alongamentos e abdominais. Estava lá um rapaz nessa área reservada para esse tipo de exercício. NO preciso momento que me deito para começar exercícios, sinto um pack de silenciosos peidos. Quase como uma brisa que me arrepiaram pelo crescente cheiro. O odor foi piorando, pois o rapazito, decide não dar-se por culpado e continua os abdominais, mas desta feita oblíquos, o que obriga uma maior pressão sobre o abdomen. Entro em pânico. NÂO. PARA POR FAVOR. Vais-te peidar mais. E ele sempre, um, dois, três... eu tonta com o cheiro. Não é que de repente me apercebo que as alunas séniores da manhã que estavam a fazer um circuito de musculação me olham de esguelha, como dizendo "ó menina, francamente!" E eu com olhinhos de inocente, "não fui eu, é ele". Porque é que a culpa é sempre das gajas? A minha memória e experiência mostra-me constamente que "eles é que fazem sempre a merda", em qualquer contexto refira-se. Que fiz eu perante os olhares acusatórios? Zarpei dali a alta velocidade e pensei, ora vejam lá se o cheirinho vai diminuir. Espero que tenha diminuído. E que a minha ausência não tenha reduzido o rasto olfactivo da performance do "gajo peidarolas".

17/12/07

Estórias da "moncolândia"

Tenho colegas que são tão, mas tão metediças que quase me arrancam as lentes. Imaginem o seguinte cenário. Cliente esquece-se de levar cartão. Comento com colega e ela aflita e na ânsia de me ser prestável, não se limita a realizar a marcar o número, leva também o auscultador com tal rapidez que não atinge o meu ouvido, mas sim o meu olho arrancado-me a lente. Reacção, crise de riso histérico, meu e da colega um insistente pedido de desculpa, tipo ladainha. Pós agresssão e depois de falar com cliente. Comento que "chatice, cliente esqueceu-se". E a colega fantástica, a agressora, alerta-me que eu é me esqueci de devolver à cliente. Estupendo. Obrigada pela correcção colega.
Outra situação hilariante. Facturo um cliente, utilizando multibanco, aguardadno comprovativo de pagamento para mim e cliente. A partnaire, forma uma espécie de escudo junto ao multibanco, aguardando desesperadamente pelo talão. Nem me aproximo, com receio de a desconcentrar ou frustrar na ânsia de me ser útil. Eu faço o atendimento, mas a criatura, quer cortar talão e ser ela a dar ao cliente. Se tivesse máquina fotográfica, perpetuava o momento para o album diário da jovem... que pena. E são as estas situações que me permitem descobrir sem mais nem menos que tenho vassalos. Pena é que quando quero ir à casa de banho tenho quase que suplicar que me substituam... Afinal eles não são para todas as ocasiões.
Mas a mais doida situação que tive, foi ao dar um troco. O pagamento foi feito com uma moeda de 10 euros, o que deveria ser cobrado, 3,24 euros. começo eu a colocar as moedas no balcão e a colega, são 6,74 de troco. Mas se o dissesse uma vez, ok, agradeço. Agora tipo alarme. Desconcentrie-me, atrofiei, deixei de saber contar. Vinte segundo ddepois, digo-lhe, cala-te por favor...e volta ela a dizer, mas se a senhora, der 24 centimos, tu dás-lhes 7 euros. Quase q explodo. Retomo contagem...processo demora cinco minutos. O mais longo troco sem dúvida e mais uma vez ignoro. Mas temo brevemente tornar-me "panela de pressão" e enlouquecer, colocar as mãos nas ancas e virar "peixeirona" e lançando perdigotos dizer o que acho, penso, na minha opinião. Contudo, como tenho vários encargos mensais, não me posso dar ao luxo da concretização de tais ímpetos. Na pior das hipóteses tomo um valdis...se bom senso não aparecer e vou registando nestas páginas as minhas loucas aventuras

As cores voltaram aos meus dias

As gargalhadas na minha vida têm um lugar cativo nos meus lábios. Os disparates pupulam no meu cérebro e inevitavelmente a loucura em analisar o dia-a-dia saí inevitavelmente transforma-se em estórias que aos meus olhos têm sempre algo de divertido. E trabalhar aqui, no lugar que não cito, é por excelência tema favorito para incrivési aventuras. Sou comedida, aliás julgo que nunca contei nada muito em especifico por receio que colegas acedessem a este blog e de alguma forma se sentissem mal por serem mencionados. Mas cansei de excesso de bom comportamento. E quero anunciar que trabalho rodeada de cromos. As poucas almas com quem trabalho e que reflectem alguma lucidez são em minoria, mas são pessoas que me fazem manter o sorriso sempre à espreita e ter a certeza de que fiz a escolha certa quando mudei literalmente de área. É óbvio que tenho saudades das minhas colegas, pois ao fim de 8 anos, as afinidades de trabalho tomam uma maior dimensão, mais na onda da amizade.
Dei um adeusinho aos dias tristes, não confundir com depressão. Há criaturas que confundem as terminologias... Drepessão é um estado excessivo de tristeza que não tem uma razão única, mas várias e que nos afectam nas actividades quotidianas do dia-a-dia, como dormir, relacionar-se com os outros, trabalhar.. Tristeza é aquela reacção normal que dá às pessoas quando um acontecimento nos causa dor ou sofrimento...Tive alguns nas 3 últimas semanas... Passado, passsado :)
Já no final da outra semana acabei de abraçar a alegria, sussurei-lhe umas ameaças para não se afastar de mim, o que a deixou assim para o assustada. Julgo que até ao final do ano, deve andar por estas bandas. E se não estiver, vou à procura dela, sim, sim...

11/12/07

Dias cinzentos

Sabem aqueles períodos do ano em que tudo parece correr mal e só nos apetece desligar o botão. Tive uma semana de loucos em que só me apetecia chorar e confesso que em privada desbundei à brava desta louca necessidade. Lacrimejava a ouvir rádio, a ver TV, a adormecer, a fazer meiguices às gatas e quase sufocava de tanta tristeza acumulada. Depois de umas valentes olheiras e de ter recuperado finalmente o sono, sinto-me bem melhor, mas por algum tempo ainda deverei estar triste. Tanta coisa que não posso controlar ou mudar na vida. Questões familiares, amorosas, de trabalho... No trabalho tem sido um filme...ter de resolver pendentes de facturação, emissão de notas de crédito, enfim...trabalhar com dinheiro não é nada simples e quando o sistema informático falha a toda a hora e temos de ser nós a dar a cara pela instituição que trabalhamos, é dureza... O medo de falhar é enorme e crescente e é um facto que me perturba e fragiliza. Estou numa área oposta a que me habituei desde sempre a atrabalhar e dou por mim a sentir-me um peixinho fora d'água na maioria do tempo. Só o tempo irá curar estas inseguranças, assim o espero.
Às vezes falta-me também a capacidade de minorar a importância das coisas. Mas se elas ocupam tanto dentro de nós, ao negar-lhes espaço, estamos inevitalmente a ignorar um pouco de nós. Tenho de aceitar que cometo erros na vida, faço más opções e que as pessoas nem sempre são o que esperamos delas, nem
Descobri esta semana que sou bem mais "forte" do julgava. Tenho uma capacidade imensa à dor/ sofrimento, embora a manifeste sem pudores, chorando, o que se reflecte no meu olhar e sorriso que se dissipou nos últimos tempos. Sempre que caío, levanto-me e acabo fatalmente por acreditar que um dia as coisas vão ser diferentes. Sim, um dia...mas não hoje, esta semana e provavelmente não será este mês.

03/12/07

Cadé o sapo?

Preciso encontrar sapo viscoso que se transforme, logo, logo em príncipe desencantado. Pós beijo de metamorfose absoluta, não quero que possue inseguranças, nem problemas de identidade (engatatão de meia tijela ou aspirante a coleccionador de garinas) pois (quase) todos têm costela de... predadores de fêmeas etc, etc... A criatura já versão homem deve tentar dizer a verdade na maioria das vezes e nada de se armar em difícil, não ter por hábito revelar crises de humor nem descarregar frustações da infância no especimen feminino que por acaso é sua fantástica princesa/namorada/ qualquer coisinha assim do género.
Pois é, não percebo os homens e acho que mesmo com livro de instruções corro sérios riscos de atrofiar autor do precioso manual com as minhas muitas críticas e apresentações de casos recentes. Falo com as minhas amigas, mesmo as que têm namorado há duas gerações quase ou marido e lá vem rol de queixumes...Em conversa com outras, as solteiras em busca de macho regular e confesso que o panorama descrito e partilhado não é muito optimista e estimulante. A minha própria experiência também experimenta/ ou sérias dúvidas em como agir com tais criaturas. Se estamos à mão, é porque somos muito disponiveis, se somnos complicadas, ou seja, demonstramos afecto/ irritação/dor, sofrimento, pisgam-se e desaparecem pela eternidade ou então não têm a reacção esperada. Em pleno século XXI há que calçar botas de cavaleira e ir à caça, munidas de ferramentas e muitas artimanhas com risco seríssimo de apanhar a presa e devolvê-la à madre natureza por defeito irreparável. Há aqueles que são as moscas mortas. Convidam-nos para sair, aceitam sair, aleluia, mas depois não passa do "rame, rame" e não acontece nada. Potenciais amigos pontuais para sempre. Bah....Se telefonamos meses depois vem aquela frase "olha estava mesmo para te ligar a sério". Esta nossa intuição é uma loucura. Censor feminino, uma esperteza. Cá de fora, as amigas vão dando força. Eu arrisco a dizer, caga para ele, ou então violenta-o, ele que vá fazer quexinha à mãezinha, ou que consulte um psic, tanto por aí a precisar de clientes. Mas quando passa a experiência a ser minha, o caso muda de figura, perde-se a racionalidade e tudo parece fatalmente confuso e incoerente e o masoquismo vem ao de cima, esponencialmente.
Outra situação. Ninguém merece indiferença e muito menos que nos digam que assustamos. Não, acalmem-se leitores assíduos deste blog. Não tenho bigode, nem pêlos tamanho especimen primata, nem ostentassivas (será que existe o adjectivo?) verrugas. o que se passa é o seguinte: sou um pedaço de mulher, tentação, um naco, passo a citar. Espectacular, amiga, compreensiva, carinhosa, simpática, sincera, espontânea, excelente companhia atraente...mas...o gajo não tem...capacidade de corresponder às expectaticas aqui da fêmea. Só pode. Prefere andar pelo hi5 semeando comentários às ninfas que espõem biquinis azuis e dentuças em noites de farra, roupa fantásticas em festas do algarve com as suas duzentas e cinquenta amigas. Lá é fácil dizer gostosa, boa, depois pessoalmente minha linda digo-te o que acho de ti. Como é que se pode estar apaixonado por alguém assim? Por um gajo que junto a gaja "fabulástica", treme, não articula palavra se não for resposta a pergunta directa e incisiva. Evita olhar nos olhos porque tem receio de rebolar com fêmea. Devem pensar ele é gay, ó rapariga. Também coloquei a hipótese, mas a "jovem vitima" garante que não, já copulou com o dito e garante boa performance. Que dizer à jovem? Fuja dele. Pior espécimen - o eterno indeciso, vai acabar com uma chavala choca, horrosa, super fashion e depois depois vai massacrá-la a si - eterna estúpida e tonta - nos natais dizendo que é a mulher da vida dele que deveria ter arriscado. Como uma diz uma amiga minha "lamentamos muito". Querida - digo eu - apague o telemóvel dele, se puder faça lobotimia psicológica... e se não der resultado, olhe-se ao espelho com os olhinhos inchados de tanto chorar e pense que o fulano não lhe custear os cremes anti-bolsas, nem o lifting daqui a pouco tempo, pois choraminguisse estraga a pele e a alma.
E no meio disto tudo, que fazer ? Lembro-me de montes de músicas e excertos de letras ds U2 que traduzo, "tu ages como se nunca tivesses tido amor e queres que eu viva sem ele", "Tu prometeste-me um anel de ouro e que as nossas promessas permanecessem inalteradas, do berço até à sepultura a única coisa que quero é a ti". Coisa estranha, estas traduções. Mas a música dos No Republic/ Timabland, Apologize é triste qb para descrever a minha frustação. Ofereço uma coração, quero ser uma gaja fria we calculista de afectos. Gostar de alguém doi sempre, de que serve...? Emagrecesse, não se dorme, daqui a pouco monto clube de escanzeladas...a sério!!!! Tendo por inspiração os The gilft atrevo-me a dizer: é facil entender, eu gosto de ti, tu gostas de mim, qual é a dúvida, qual o medo? Ninguém é imortal, nem mesmo os afectos, porque não arriscar e ser feliz? Sapo se me tiveres a ler, procura-me, surpreende-me....tá..? Faz amor comigo, juntamos os nossos afectos e desafectos e seremos felizes até quando quisermos, topas?