Neste dia perdi toda a razão disse o que queria e não queria. As minhas fragilidades ficaram desnudades. Responderam-me à letra, posso dizer que ficamos quites, provavelmente separados para sempre e será melhor assim...
Durante uma semana pensei que não ía aguentar tanta tristeza. Era ver-me a chorar desmesuradamente e com muito ranho à mistura. Parecia que chorava todas as dores do mundo. Tratava-se da minha, tinha o coração estilhaçado. Literalmente senti-o dentro de mim em bocados, dolorosamente. Nunca fui tão triste atrevo-me seguramente a dizê-lo. Mas na última semana decidi reagir, tentar alimentar-me melhor, tomar vitaminas...e engordar fiscamente e emotivamente. Tenho conseguido viver os dias com mais ligeireza - evitando pensar - e começo a dar sinais de sorrisos de vez em quando.
Parece ridiculo, mas é verdade, Fernando Pessoa, aliás o seu heterónimo Alberto Caeiro estava correctíssimo "pensar faz doer os olhos" e eu acrescento o corpo, a alma e nomeadamente o nariz.
Obrigada aos amigos... são aquelas pessoas que estão sempre por perto (presencialmente ou não) e que me mima como maternas figuras. Dão abraços reconfortantes (um risco se o destinatário for uma potencial criaturalacrimejante - eu mesma) e palavras amigáveis sem cobrar coisa alguma. São eles que me fazem er a luz dos dias e esquecer momentaneamente as lágrimas ....e o sentimento que persiste volumosamente sem sinais de diminuir.
Um dia a dor passa, disseram-me um dia...e mais uma vez essa frase volta-se a aplicar na minha vida
05/04/08
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1 comentário:
Pois e tens razão há que "engordar mentalmente e disicamente", o ranho num fica bem a ninguém... Vá "sai espirito mau" da carlinha...
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