Ultimamente ando insuportavelmente bem disposta, acordo com energia para "gargalhar" nunca antes vista e tudo me parece ser motivo para mandar uma boca, fazer um trocadilho... o meu cérebro não para a nível de criatividade e, às vezes, sinto as pessoas não têm pachorra de serem "vítimas" das minha disposição e que a tenho de moderar...
A vida é tão estúpida às vezes e se não tivermos capacidade para nos rirmos de nós e dos outros, minorando a importância das situações, como sobreviver? Eu acho difícil... Fiquei com o dilema se haveria de escrever ou não este post, pois iria ser lido, por todos, até aqueles que foram alvo do meu humor.
Terei de moderar o humor? Poupar os meus amigos casados e pais de crianças das minhas piadas sob pena de ser considerada uma doida varrida ou simplesmente imaturo. Ou terão eles de se lembrar que o BI marca apenas o tempo da pernidade do corpo e que a essência pode ser uma criancinha toda a vida? Há que saber rir de tudo na vida, até da própria morte.
Sei que ser estúpido/ parvo tem os seus riscos. Vou eternamente viver em perigo e constante desarmonia com os mais sérios e crescidos. É urgente rir.
Conto o seguinte para ilustrar o que penso sobre o assunto:
Um amigo meu mostrou-me o desenho do filho de 3 anos e pouco onde ele tinha escrito o nome dele e dos pais, elogiei o feito. O papá super babado ressalvou que notasse que ele já escrevia, ao que não resisiti comentar, pois é, mas a letrinha é mesmo feia. Foi o fim. O meu comentário foi classificado de dispensável quando simplesmente a minha intenção era brincar com a situação e também fazê-lo vir ao mundo terra onde as pessoas podem ser bonitas/ especiais sem fazerem nada de extraordinário. Há um excesso de expectativas em relação dos filhos que revelam talentos geniais e se ele for uma pessoa mediana, que fazer/ dizer? Fazê-lo sentir-se culpado por
Conheci através uma amiga uma situação oposta. Um amigo da M e do namorado dela, foi pai recentemente e perante o comentário deles que a filha era muito parecida com ele. Ele diz, "não me diga isso pelo amor de Deus, esta coisinha pequerrucha toda enrugada e feia é parecida comigo? Não pode. Fogo, eu não sou assim tão feio". E ainda perguntou directamente à minha amiga "Não sou pois não?". Chamem-me louca, mas achei piada e foi sincero. E qual é o problema de o dizer... não podemos ver aspectos "maus" nos nossos filhos ou entes queridos. Eu não conheço nenhum bebé que seja "bonito" com menos de um mês, embora como não passei pela maternidade talvez venha a mudar de opinião. Mas dúvido que seja do tipo de estar constantemente a enaltecer a criança. Vou ser tia brevemente a ver vamos, mas o que eu espero para o meu pequerrucho é simplesmente isto que seja um ser humano saudável e feliz, independentemente do que isso possa significar para mim e para os outros...
Sou espontânea, sincera e decidi que mesmo que isso possa frustrar os outros não o devo mudar. Demorei muito tempo para ter alguma auto-estima e a ver que aquilo que julgava ser segurança/ frontalidade nos outros e que por vezes esconde precisamente o contrário.
Fica um pedido de desculpas a todos os pais e mães dos meus desapropriados comentários....
25/01/08
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