13/01/08

O cúmulo da pretensão e da estupidez

Há dias em que nos sentimos deveras inteligentes e adultos. Quinta-feira passada foi um dia especial nesse sentido.
Em conversa com alguém dos seus escassos 25 anos, que a bem dizer deveria algum conteúdo mais do que o revelado eis que surge o comentário.:"Tive mesmo para seguir jornalismo, as minhas professoras sempre disseram que tinha jeito para a escrita. Mas acho que deveria ser fixe ser escritora. Mas a questão é: o que escrever, qual a primeira frase do livro. Escrevo a minha vida, a de outra pessoa, como fazer o enredo? É muita coisa em que pensar. E depois escritor não é uma profissão muito rentável".
Jura...?
Ó menina já te passou pela cabeça, que essas pessoas, os escritores desde muito novos andaram rodeados de folhas e de papéis, quase que assombrados de personagens... Para eles - os escritores - escrever é um acto quase tão natural como respirar ou cagar... Optei por não dizer nada à "moçoila", terminava com a magia. Por isso... silêncio
E a menina continuará a sonhar...
Sei que esta conversa assemelhou-se a um quase monólogo, mas deixei a pessoa em questão a falar, enquanto eu cogitava num misto de consternação e incredulidade. Eu com 25 era um pouco mais povoada de neurónios, certo? Que se passa com esta juventude. Sim de repente senti o peso dos meus 33 anos e descobri que na minha essência por vezes me assemelho a alguém que já viveu décadas e décadas e cujas conversas não se limitam ao simples lugar comum. Não, pois não?
Dei por mim, a terminar conversa de forma abrupta, embora tenha pensado comjuntamente com com a minnha t-shirt e calças de fato treino - o que revela mais uma vez o local onde teve lugar esta intensa partilha de opiniões - que os estúpidos podem ser tão felizes, ai podem, podem.
Também me apeteceudizer o seguinte: já pensaste que não tens o mínimo perfil para escrever seja o que fÔr. Já te passou pela cabecinha pensares antes de falar?
Com tais desvaneios dei por mim a imaginar-me com vassourinha de bruxinha má, estacionada lá fora junto a um muro qualquer e as minhas verruguinhas a darem-me comichão e eu coçando, coçando, enquanto vozinha malvada se controlava para não dar gargalhadinhas atrevidas e sonoras, quase que chilreantes. É feio ser assim, mas por vezes é mais forte do que eu... A solução passa por não dirigir a palavra a certos espécimens e perdoem-me o snobismo é o que farei. Imaginem se a estupidez for contagiosa...tou lixadinha, mesmo lixadinha...

1 comentário:

vítor sá disse...

Então, vou abifanar...
O excesso de contacto com gente estúpida provoca amnésia e outras coisinhas que agora não me lembro.
A minha dupla tarefa para 2008: evitar a tal amnésia e... escrever mais, muito mais, nos meus blogs e/ou nas páginas de qualquer resma de papel!

Fica bem,
vítor sá @ BIFE RadioShow ;)

http://abifanar.blogspot.com
www.myspace.com/biferadioshow