29/09/08

Insensibilidade em pessoa

A minha profissão obriga-me algumas vezes a ser a insensibilidade em pessoa. Na instituição onde trabalho não podemos aceitar casos de trauma e por mais delicados que nos pareçam as situações, devemos ter sangue qb para dizer que não podemos fazer atendimento e pedir que se dirijam ao hospital mais próximo... às vezes só de olhar para o cliente sei que vou rejeitá-lo, pois vem ensaguentado ou contorcendo-se com dores. Mas recentemente exagerei no meu excessivo profissionalismo. Estava eu a fazer a fincha de um cliente, num domingo ao final da tarde. Tenho uma fila com 3 pessoas emais alguns acompanhantes, mas de repente apercebo-me que saindo de um dos elevadores vem um fulano saltando a pé coxinho em direcção à recepção. Parece que estou a ver a cena em câmara lenta... e ele pé ante pé nunca mais chegava junto a mim para eu dizer-lhe, volto a fazer o percuros de volta em direcção ao hospital mais próximo pois nós "aqui não aceitamos traumas". Demorou quase 7 intermináveis minutos e eu sempre a olhar de esguelha e a preparar o sorriso para lhe dizer um "baza aqui politicamente correcto". Finalmente aproxima-se ele e agarra-se a um dos cantos da recepção como um naufrago que chega finalmente à costa, mesmo com dificuldade em manter o equilibrio. E eu implacável:
Boa tarde, vem a uma consulta?
Ele exausto diz: - sim.
E eu - lamento informar, mas não aceitamos casos de trauma...
A cara de pânico e de resignação do senhor fizeram-me sentir uma diabinho, quase me metamorfeseei em corninhos e rabinho atrevido e por momentos juro que vislumbrei o meu lugar garantido num inferno cheio de fala-baratos onde o barulho ensurdecedor seria um terror...mas cada um tem aquilo que mereceia...e depois fiquei a sentir-me bem pior, pois um colega meu cruzou-se com o "cliente rejeitado" no parque de estacionamento, ao que parece o tal senbhor, exausto de tanto pinchar para chegar ao carro, estatelou-se no chão e o meu colega teve de o jaudar e tudo... Eu sei: sou ruim, muito ruim e nada céus e de harpas...Estou condenada...

Conversa disparatada por causa de um O

Apesar de não disparatar em escassos segundos como outrora, a verdade é que essa sintomaologia às vezes manifesta-se inesperadamente quando encontramos um receptor tão ou mais teimoso e casmurro do que nós. Recentemente experimentei estes antigos sentimentos com um simples telefonema para o meu centro de saúde. Liguei para lá para saber horários e disponibilidades de agenda para fazer uma consulta de planeamento familiar, aproveitando para fazer o papanicolau e já que estava a fazer o telefonema perguntei-lhes poorque é que o meu cartão do meu SNS constava uma letra O bem visivel. Não me sabiam responder logo à partida. Mas pesquisando descobriram na minha ficha que sou doente crónica. Fiquei estupefacta e irritada. Para já, por uma simples dúvida dar o meu nome e em segundos revelaram elementos que constam da minha ficha clinica e depois porque desconhecia que era doente crónica, sabe-se lá do quê. Deram esse cartão novo no ano passado em setembro, lá altura disseram que estavam a mudar todos os cartões. O número é igal, com a diferença do tal O. Então o fulano do outro lado dizer, mas a senhora não tem um problema delicado de saude, se o dr colocou na sua ficha é porque é importante que se saiba. Ainda fiquei mais irritada e expliquei-lhe que considerava segregadora essa indicação e que conhecia uma ou outra pessoa com doenças crónicas e muito provavelmente contagiosas que não tinham esse tipo de "informação" no SNS, aliás em nenhum lado. E disse ao fulano que era dadora de sangue, saudável... e ele sempre a insitir, tudo bem que não queira revelar minha senhora, mas deve tomar medicamentos que exijam portaria, daí médico pôr essa indicação. Fiquei ainda mais furibunda, como estava com gente em redor, não disse à criatura que a a única vez que precisei de uma portaria para um desconto em medicamentos, foi quando tive uma depressão, há quatro anos atrás.... e volvidos 3 sem medicação - e refira-se que tomei medicamentos durante 9 meses - não aceito ter a porcaria de um O no meu cartão... mas como achei a conversa de surdos...optei pelo silêncio e dar por concluída a conversa...E o fulano ainda arrematou fale com o dr para tirar o cartão do seu cartão. Gentinha estúpida, o meu médico de família vai fazer o qê, pegar numa borracha supersónica e apagar o registo? Santa paciência...

17/09/08

Aulas no ginásio

Eu adoro fazer ginástica, é das actividades que mais prazer me dá. Sinto-me revigorada, energética, viva... O suor e os batimentos cardíacos conseguem espantar qualquer eneregia negativa e quando saio do ginásio estou um novo EU. Tenho saudades da natação, mas encontrei noutras modalidades o mesmo prazer, pena é que os professores qwue têm sido contratados deixem muito a desejar. Estou a falar de um especificamente.
Hoje, pós quase 3 semanas volto a fazer a aula dele, disseram-me que era a primeira vez que dava aula de local...sério, eu nem me apercebi nem nada, a sério...A descoordenação de movimento e sequência de exercícios e a incorrecção de movimentos a mim pareceram-me uma partida atrevida. Por favor.... E o mais stressante foi que na primeira aula que fiz, o aspirante a professor de local estava sempre a olhar para o relógio e ao fim de meia hora colocou-nos na rua dizendo, bem meninas, temos de acabar se não daqui a pouco a outra professora expulsa-nos da sala. Nem deu para suar.. Há uma aluna que ganha coragem e diz-lhe: você só dá aulas de meia hora? E ele, "o quê? há mais de uma hora que estamos aqui". Bem, eu dei uma das minhas doidas gargslhadas e aí ele olhou para o relógio e mesmo vendo que eram 20h cismava e dizia que eram 20h30. Mas como eu, essa rapriga e mais duas, insistimos que eram 20h, ele caíu em cima e berra histericamente que nem bicha tonta, "entrem todas, regressem". "Por favor, voltem a chamar as vossas colegas, há ainda mais meia de hora". E lá voltaram, com trombas e a morrer de tédio, pois os minutos seguintes foram mais desiquilibrados que os primeiros. No fim pensei...vou bazar deste ginásio é é já...SOCORRO
Dias depois desabafei com um professor da musculação e disse mesmo que não poderiam colocar novatos a dar aulas. Responde-me: "mas ele é aqui profe de hip hop há 4 anos, tem experiência". Como se eu não tivesse reparado, hello, sou aluna há quase cinco...
Ressalvei eu, de "hip hop/ dança. Tem formação em Educação Física por acaso". Um si~^encio. Volto à caraga: "Vai experimentar uma aula de local, ou pelo menos espreita ou então pergunta a quem quiseres". E adiantei, se é ele que vai ficar com as aulas do F.L.. que são muitas, vou deixar de fazer local, porque para andar a aos pinchinhos na sala que nem borboleta tonta e desvairada, posso muito bem fazer isso pelo caminho ou em casa pós beber uma cervejinha... Acalmei tal era a minha irritação. Mas a mensagem chegou...poderia ter ido falar com a dona, optei pelo sobrinho dela...
Esta semana vieram ter comigo e disseram-me para experimentar aula de local, ao que parece ele, o tal, melhorou, vou hoje tirar a"prova dos nove" mas serei demolidora... Sempre fui critica e exigente com os professores e dei a minha opinião quando ma pediam e confesso mesmo quando não o faziam, portanto não serei branda...pago um serviço, exijo profissionalismo e qualidade... e mais nada...

Crazy dreams - Sonhos doidos

Há cerca de 3 semanas que ando com sonhos muito estranhos, em parte tenho um motivo para tal (quero que este mês de setembro acabe logo grrrrr), provavelmente tenho alguma ansiedade à mistura, mas julgo que já passou o tempo qb para diminuir o fluxo de sonos agitados.
Mas a cada dia que passa, tenho uma nova experiencia, então hoje tive a impressão que quase não dormi, tal forma vivenciei essas experiências. Hoje sonhei que vivia numa prédio quase desabitado, os inquilinos, foram desaparecendo. O elevador estava sempre estragado e quando parava nos andares que não o meu, ficava assustada pois ora encontrava casas/apartamentos em ruinas e com teias de aranha, onde vultos se escondiam de mim, ora sumptuosas salas que se mostravam com um ar demasiado artifical e tenebroso. Passei a noite "percorrendo" andares e pisos, pois nunca conseguia chegar a minha casa e estava exausta. Acordou extenuada e confusa com o som do despertador...
Mas o meu pesadelo mais hilariante foi de o de anteontem. Sonhei que perdi dois dentes - na parte inferior da boca - o que me dava um ar hiper desdentado. Fui aconselhada pela minha chefe a colocar uns "pivots"/próteses. Assim, fiz, mas os dentes falsos cresciam desmesuradamente em direcção ao tecto, dando-me um ar de rinoceronte... E nada havia a fazer para diminuir o crescimento dos ditos... e todos me diziam "Hiii que se passa com os teus dentes..." E eu: "estã a crescer"
Sei... ~tudo isto evidencia que...não ando nada bem da cabecinha, parece não parece...? :) OU então que sou mesmo muito criativa, até nos sonhos...

Aspirante a cobra cuspideira

Descobri recentemente que rir, almoçar e falar ao mesmo tempo não são uma boa opção. Cuspo mini-perdigotos (será que é assim que esreve???) e quase atinjo q pessoa que está à frente, dos lados, que nem um carrossel super doido. E receio que metade das coisas que digo não se percebam. Imaginem alguém que já sabe antecipadamente o desfecho da piada, já em lágrima, feições faciais completamente esconchavadas (sim eu mesma e não os receptores da minha mensagem) tentando descrever a estória/ o episódio deveras engraçado entre soluções e cuspidelas. Infelizmente é o que melhor descreve as minhas horas de almoço quando decido dar um ar da minha graça. Tenho sorte que temos tomado café, numa salinha onde as cadeiras estão em fila, mesmo em frente a uma parede, portanto se há algo a alcançar é uma parede branca que também ficará com os vestigios da minha saliva...
Brevemente terei de transportar no meu saco de almoço um mini-guarda-chuva ou então uma máscara... E se um dia destes me chamam a atenção? E me dizem: ouve i+uda, tens piada, mas por favor não me cuspas..."
A idade já começa a dar os seus ares de decadência...cuspo, enfim, era só o que me faltava... Ruborizo só de pensar...espero que pós-detecção do facto, que só ocorreu recentemente mas que já se deve manifestar há imenso tempo, diminua ou (e de preferência) se extinga para todo o sempre....

12/09/08

Ser muito má lingua

Criançada voltei...
Sei que sentiram a minha falta, mas andei com muitas oscilações humor entre euforia, assim-assim, tristeza melancólia, lágrima e ranho, inércia, normalidade, resumindo ESTUPIDA. Mas um dia tudo mudou, deu-se um click, reflecti e decidi que quero mudar. Por mim, mas também por todos aqueles que amo e que - sabe-se lá porquê - sentem assim uma coisa poderosamente intensa a que se chama afecto. Este ano foi muito intenso e não gostei mesmo nada dele, Chô ano 2008
Pois é, por mais que me esforçe há um defeito que não consigo minimizar: má lingua, queixar-me, falar mal.... Mas há gentinha que nos tira do sério e por mais que conte até 100, não dá. Estava ontem eu ao telefone com uma amiga no meu local de trabalho - sim é verade - um breve telefonema só para dar uma morada de auma loja e a minha partnaire do lado, esbaforida e com histéricos movimentos de mãos, diz-me para falar mais baixo - olha o escândalo. Para quem não me conheço, sou uma vareira de 1,90, pelo na venta, vozeirão, grossos modos e arrota ao menos movimento facial....Agora a sério, até poderia estar com um tom de voz pouco profissional, mas daí a perder a discrição e mesmo que o estivesse, era eu a parva, facilmente detectável... Fui logo em seguida para a casa de banho, não para aliviar a tripa como os verdadeiros especimens da minha raça dizem mas para não lhe dizer umas quantas. E ela com o seu ar toda empertigado e pomposo, informa-me "faltam 10 minutos para ires embora já viste?"... Que êxtase, loucura, contagem decrescente... e eu a pensar que era a única a sentir isso quando estou na mesma recepção do que ela... ups, uma gaffe, dei pistas sobre o meu local de trabalho...
E estava eu a agrupar facturas, quase a desligar computador e ELA volta à carga... Já são 16h. Bem, aí eu pensei, fantasiando...Um dia destes levo-a para casa e penduro-a na parede. Porquê? quando era criança, sempre idealizei ter em casa um relogio cuco. É um facto que a jovem é muito crescida para ave, mas que é rara é e magrela qb para se assemelhar a um passareco e que consegue irritar, sim irrita. E que sabe dar as horas, sabe, portanto é caso a pensar....Se ela desaparecer, já sabem, encontram-na na parede da sala, até me fartar.
Coitadinha da miúda, um doce, sem intenção, e eu peste só vejo maldade. Meus caros, tenho paciência e desculpabilizo quem gosto, são-me próximos... há ali qualquer coisa que não me faz confiar....
Sei que devo ignorar, passar à frente, mas e deposi? Sobre o que escreveria neste blog, venha muita irritação para vos e fazer-me rir.
Estou de volta com energia e vontade de me rir, espero que definitivamente :)